sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O Desenvolvimento do Bebê

Essa semana tem sido uma semana de surpresas.  Para nós, a sensação é que a Iasmin deu um salto em seu desenvolvimento. Como está esperta! Faz gracinhas, tenta mandar beijos, tenta imitar nossos gestos, pegar as coisas e enfim gostou de ficar deitada de barriga para baixo e consegue se apoiar em seus bracinhos (incentivar ela fazer isso era motivo de choro).

Ganhou nota 10 na pediatra e graças a Deus a ida para a escolinha não fez com que ela sentisse tanto e, por exemplo, perdesse peso.

Seu desenvolvimento vai “de vento em popa” e lendo a respeito em sites do “ramo” consegui esclarecer várias dúvidas e expectativas e fiz um “resumão” de tudo que também poderá ajudar e ser útil para vocês.

Mas antes, não podemos esquecer que tudo pode variar de criança para criança e que existe um tempo máximo para cada situação ocorrer. Qualquer dúvida, procure orientação com o seu pediatra.

Vamos lá:

O Bebê de 1 Mês:

Já consegue distinguir o claro e o escuro, pára de chorar quando vê algum objeto interessante na sua frente, segura o dedo da mãe, ainda dorme o dia todo e ao colocarmos um objeto em suas mãos, ele as fecha rapidamente, por reflexo. (faça o teste)

O Bebê de 2 Meses:

Já pode levar a mãozinha na boca, virar a cabecinha, acompanhar movimentos com os olhos e surgem os primeiros sorrisos. Leia para o seu bebê. A leitura em voz alta ajuda o bebê a desenvolver o ouvido para a língua. Procure dar bastante entonação na história, para deixar o bebê ainda mais interessado. Iasmin adora!

O Bebê de 3 Meses:

Já reconhece os familiares, principalmente cheiro e voz da mamãe. Gosta de “bater papo” e sorri para as pessoas, firmar a cabecinha é uma ótima prova de que o desenvolvimento psicomotor está perfeito. E hora de começar a deitá-los de bruços.

O Bebê de 4 Meses:

Descobrem os dedinhos e ficam encantados. Começam a chupar e a segurar as coisas. Reage à chamada do seu nome virando a cabeça, demonstra preferência por um brinquedo, para de chorar quando vê a mamadeira ou o peito, tosse para chamar a atenção. Uma dica é comprar aqueles tapetes emborrachados e divertidos e deixar o bebê brincar a vontade. Se a cabecinha ainda não estiver durinha, converse com o pediatra, mas sem alarmismos.

O Bebê de 5 Meses:

Momento que o bebê gosta de atenção e aprende a conquistá-la. Para chamar, faz gestos e barulhos antes de chorar. Já pode esticar os bracinhos pedindo colo e chorar quando você se afastar. Já consegue sentar com auxilio de apoios, agarra tudo que está ao seu alcance, solta gritos de alegria e gargalhadas. Pode também, estranhar pessoas desconhecidas.

O Bebê de 6 Meses:

Chegou o “meio aniversário”! Um dentinho pode surgir. Consegue segurar copinhos, e levar os pés na boca. Adora brincadeira de esconder e brinquedos que pulam. Quanto mais gente por perto rindo e se divertindo com as suas gracinhas, mais feliz o bebê está.

O Bebê de 7 Meses:

Reconhece o tom de aprovação ou reprovação. Já consegue ficar sentado sozinho. Começa a se prepara para engatinhar se arrastando e rolando para pegar objetos. O progresso da linguagem é evidente e o bebê começa a usar sílabas como da-da, pa-pa, ga-ga. Ele se diverte com os sons que ele próprio emite.

O Bebê de 8 Meses:

É um curioso profissional e da um jeito de ir atrás de tudo que lhe chama atenção. Já consegue se remexer e acompanhar ritmos. Vai demostrar do que gosta e não gosta. É o primeiro marco na sua independência, pois, a criança desenvolve a habilidade de engatinhar e logo dispara pela casa como um foguete em todas as direções, inclusive de ré.

O Bebê de 9 Meses:

Haja folego para acompanhá-lo. Já consegue ficar em pé se apoiando nas coisas, começando assim um treinamento para os seus primeiros passinhos. Com essa idade ele já aprendeu a bater palminha e o faz sempre que cantam para ele. Articula as primeiras palavras de duas sílabas como mamã, papá, au-au e reagem corretamente as palavras familiares como: “me dá”, “pega”, “vem”, “não pode”.

O Bebê de 10 Meses:

Imita sons e suas expressões fisionômicas conseguem mostrar bem o que ele sente: ansiedade, aflição, alegria, medo. Também começa a sacudir a mão para dar tchau e já consegue andar de lado segurando em uma mesa. Lembre-se de estimular a criança apenas dentro dos seus limites. A ansiedade dos pais pode atrapalhar o progresso do bebê. Apenas confie e deixe que ele aprenda no seu tempo. Não faça comparações, algumas crianças andam mais cedo, outras falam mais depressa.


O Bebê de 11 Meses:

Esta surgindo um pequeno tagarela e os primeiros passos. Momento também que o bebê vai achar divertidíssimo empurrar coisas, atirar objetos, subir rampas e degraus...
Pesquisas mostram que quanto maior a exposição da criança a um grande vocabulário, melhor se desenvolvem as habilidades linguísticas dela, e até a inteligência. Se você ou seu parceiro ainda não leem para o bebê, é uma boa hora de começar.

Enfim, 1 Aninho!

Parabéns! Seu bebê já não é mais apenas um bebê. Nos próximos meses, ele vai querer ficar cada vez mais independente, descobrindo o mundo com seus próprios pés. Vai revelar seu senso de humor, vai cantar, falar cada vez mais e encher vocês de orgulho.
Ao completar um aninho, ele está pronto para aprender a andar, explorar, conhecer, experimentar tudo o que está a sua volta: pessoas, objetos, lugares.

Aproveite cada fase de seu filho, tire fotos, registre tudo. Cada momento é único e nós estamos amando cada um. Estou me policiando para não ser uma mãe superprotetora, o que pode comprometer o desenvolvimento da Iasmin. Fico de longe vendo como ela vai se virar e não tem nada melhor do quer ver que eles são capazes, por isso, me emociono e vibro com cada descoberta dela.

Quero ver a Iasmin se sujar, cair e levantar rir e chorar sim! Pois sei que há grandes lições por trás de choros e frustações e assim ela vai aprendendo o que é certo e errado, que às vezes será melhor fazer de outra forma e que a vida é feita de ganhos e perdas.

Carinho e amor temos de sobra para ela e queremos que ela aproveite cada segundo da sua infância e se torne uma adulta segura de si e com a certeza de que valeu a pena ser criança.


Até o próximo post.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dica de Leitura: A História da Grande Torre

Esta semana foi oficialmente a semana do meu retorno ao trabalho e isso à fez ser muito conturbada. Como contei anteriormente, Iasmin vai de vento em popa na escolinha, enquanto eu sofro com a adaptação ao novo transporte publico que me conduz ao serviço.
Mal retornei e meu nível de estresse já está lá em cima, o que prejudica o meu humor, meu rendimento, minha saúde.
Para tentar amenizar este drama, aproveito as várias horas que fico dentro do coletivo para me dedicar à leitura. E ontem terminei de ler o livro Pais Brilhantes, professores fascinantes de Augusto Cury.
Fiquei encantada com ele, e dentre as várias partes que me tocaram, compartilho com vocês a História da Grande Torre.

Vale a pena a reflexão sobre os rumos da educação na humanidade e lhes desejo uma boa leitura!


A História da Grande Torre

Num tempo não muito distante do nosso, a humanidade ficou tão caótica que os homens fizeram um grande concurso. Eles queriam saber qual a profissão mais importante da sociedade. Os organizadores do evento construíram uma grande torre dentro de um enorme estádio. Chamaram toda a imprensa mundial, realizarem a cobertura.

No estádio, pessoas de todas as classes sociais se espremiam para ver a disputa de perto. As regras eram as seguintes: cada profissão era representada por um orador. O orador deveria subir num degrau da torre e fazer um discurso convincente sobre os motivos pelos quais sua profissão era a mais importante da sociedade moderna. A votação era mundial e pela Internet.

O primeiro a subir na torre foi o representante dos psiquiatras. A plenos pulmões proclamou: “As sociedades modernas se tornarão uma fábrica de estresse. A depressão e a ansiedade são as doenças do século. As pessoas perderam o encanto pela existência. A indústria dos antidepressivos e dos tranquilizantes se tornou a mais importante do mundo”. Em seguida, o orador fez uma pausa. O público, pasmo, ouvia atentamente seus argumentos contundentes.

O representante dos psiquiatras concluiu: “O normal é ter conflitos, e o anormal é ser saudável. O que seria da humanidade sem os psiquiatras? Um albergue de seres humanos sem qualidade de vida! Por vivermos numa sociedade doentia, declaro que somos, juntamente com os psicólogos clínicos, os profissionais mais importantes da sociedade!”

No estádio reinou um silêncio. Muitos na plateia olharam para si mesmos e perceberam que não eram alegres, estavam estressados, dormiam mal, acordavam cansados, tinham uma mente agitada, dores de cabeça. Milhões de espectadores ficaram com a voz embargada. Os psiquiatras pareciam imbatíveis.

Logo após, o mediador bradou: “O espaço está aberto!” Quem subiu depois foi o representante dos magistrados - os juízes de direito. “Observem os índices de violência! Eles não param de aumentar. Sem os juízes e os promotores, a sociedade se esfacela. Por isso, declaro, com o apoio dos promotores e do aparelho policial, que representamos a classe mais importante da sociedade”.

Todos engoliram em seco essas palavras. Elas perturbavam os ouvidos e queimavam na alma. Mas pareciam incontestáveis. Outro momento de silêncio, agora mais prolongado. Prontamente, o mediador, já suando frio, disse: “O espaço está novamente aberto!”

Um homem intrépido subiu num degrau mais alto da torre - o representante das forças armadas. Com uma voz vibrante e sem delongas, ele discursou: “Os homens desprezam o valor da vida. Eles se matam por muito pouco. As nações só se respeitam pela economia e pelas armas que possuem. Quem quiser a paz tem de se preparar para a guerra. Sem as forças armadas, não haveria segurança. Por isso, declaro, quer se aceite ou não, que os homens das forças armadas não são apenas a classe profissional mais importante, mas também a mais poderosa”. A alma dos ouvintes gelou. Todos ficaram atônitos. Os argumentos dos três oradores eram fortíssimos. A sociedade tinha se tornado um caos. As pessoas do mundo todo, perplexas, não sabiam qual atitude tomar.

Ninguém mais ousou subir na torre. Em quem votariam? Quando todos pensavam que a disputa havia se encerrado, ouviu-se uma conversa no sopé da torre. De quem se tratava? Eram os professores. Eles estavam encostados na torre dialogando com um grupo de pais. Ninguém sabia o que estavam fazendo. A TV os focalizou e projetou num telão. O mediador gritou para um deles subir na torre. Eles se recusaram.

O mediador os provocou: “Sempre há covardes numa disputa”. Houve risos no estádio. Fizeram chacota dos professores e dos pais.

Quando todos pensavam que eles eram frágeis, os professores, com o incentivo dos pais, começaram a debater as ideias, permanecendo no mesmo lugar. Todos se faziam representar.

Um professore, olhando para o alto, disse para o representante dos psiquiatras: “Nós não queremos ser mais importantes do que vocês. Apenas queremos ter condições para educar a emoção dos nossos alunos, formar jovens livres e felizes, para que eles não adoeçam e sejam tratados por vocês”.

O representante dos psiquiatras recebeu um golpe na alma.

A seguir, outro professor que estava no lado direito da torre olhou para o representante dos magistrados e disse: “Jamais tivemos a pretensão de ser mais importantes do que os juízes. Desejamos apenas ter condições para lapidar a inteligência dos nossos jovens, fazendo-os amar a arte de pensar e aprender a grandeza dos direitos e dos deveres humanos. Assim, esperamos que jamais se sentem num banco dos réus”. O representante dos magistrados tremeu na torre.

Uma professora aparentemente tímida encarou o representante das forças armadas e falou: “Os professores nunca desejaram ser mais poderosos nem mais importantes do que os membros das forças armadas. Desejamos apenas ser importantes no coração das nossas crianças. Almejamos levá-las a se apaixonar pela vida e, quando estiverem no controle da sociedade, jamais farão guerras, sejam guerras físicas que retiram o sangue, sejam as comerciais que retiram o pão. Pois cremos que os fracos usam a força, mas os fortes usam o diálogo para resolver seus conflitos. Cremos ainda que a vida é obra-prima de Deus, um espetáculo que jamais deve ser interrompido pela violência humana”.

Os pais deliraram de alegria com essas palavras. Mas o representante das forças armadas quase caiu da torre.

Não se ouvia um zumbido na plateia. O mundo ficou perplexo. As pessoas não imaginavam que os simples professores que viviam no pequeno mundo das salas de aula fossem tão sábios. O discurso dos professores abalou os líderes do evento.

Vendo ameaçado o êxito da disputa, o mediador do evento disse arrogantemente: “Sonhadores! Vocês vivem fora da realidade!”. Um professor destemido bradou com sensibilidade: “Se deixarmos de sonhar, morreremos!”

Sentindo-se questionado, o organizador do evento pegou o microfone e foi mais longe na intenção de ferir os professores: “Quem se importa com os professores na atualidade? Comparem-se com outras profissões. Vocês não participam das mais importantes reuniões políticas. A imprensa raramente os noticia. A sociedade pouco se importa com a escola. Olhem para o salário que vocês recebem no final do mês!” Uma professora fitou-o e disse-lhe com segurança: “Não trabalhamos apenas pelo salário, mas pelo amor dos seus filhos e de todos os jovens do mundo”.

Irado, o líder do evento gritou: “Sua profissão será extinta nas sociedades modernas. Os computadores os estão substituindo! Vocês são indignos de estar nesta disputa”.
A plateia, manipulada, mudou de lado. Condenaram os professores. Exaltaram a educação virtual. Gritaram em coro: “Computadores! Computadores! Fim dos professores!”. O estádio entrou em delírio repetindo esta frase. Sepultaram os mestres. Os professores nunca haviam sido tão humilhados. Golpeados por essas palavras resolveram abandonar a torre. Sabem o que aconteceu?

A torre desabou. Ninguém imaginava, mas eram os professores e os pais que estavam segurando a torre. A cena foi chocante. Os oradores foram hospitalizados. Os professores tomaram então outra atitude inimaginável: abandonaram, pela primeira vez, as salas de aula.
Tentaram substituí-los por computadores, dando uma máquina para cada aluno. Usaram as melhores técnicas de multimídia. Sabem o que ocorreu?

A sociedade desabou. As injustiças e as misérias da alma aumentaram mais ainda. A dor e as lágrimas se expandiram. O cárcere da depressão, do medo e da ansiedade atingiu grande parte da população. A violência e os crimes se multiplicaram. A convivência humana, que já estava difícil, ficou intolerável. A espécie humana gemeu de dor. Corria o risco de não sobreviver...

Estarrecidos, todos entenderam que os computadores não conseguiam ensinar a sabedoria, a solidariedade e o amor pela vida. O público nunca pensara que os professores fossem os alicerces das profissões e o sustentáculo do que é mais lúcido e inteligente entre nós. Descobriu-se que o pouco de luz que entrava na sociedade vinha do coração dos professores e dos pais que arduamente educavam seus filhos.

Diante disso, os políticos, os representantes das classes profissionais e os empresários fizeram uma reunião com os professores em cada cidade de cada nação. Reconheceram que tinham cometido um crime contra a educação. Pediram desculpas e rogaram para que eles não abandonassem seus filhos.

Em seguida, fizeram uma grande promessa. Afirmaram que a metade do orçamento que gastavam com armas, com o aparato policial e com a indústria dos tranquilizantes e dos antidepressivos seria investida na educação. Prometeram resgatar a dignidade dos professores, e dar condições para que cada criança da Terra fosse nutrida com alimentos no seu corpo e com o conhecimento na sua alma. Nenhuma delas ficaria mais sem escola.

Os professores choraram. Ficaram comovidos com tal promessa. Há séculos eles esperavam que a sociedade acordasse para o drama da educação. Infelizmente, a sociedade só acordou quando as misérias sociais atingiram patamares insuportáveis.

Pela primeira vez, a sociedade colocou a educação no centro das suas atenções. A luz começou a brilhar depois da longa tempestade... No final de dez anos os resultados apareceram, e depois de vinte anos todos ficaram boquiabertos.

Os jovens não desistiam mais da vida. Não havia mais suicídios. O uso de drogas dissipou-se. Quase não se ouvia falar mais de transtornos psíquicos e de violência. E a discriminação? O que é isso? Ninguém se lembrava mais do seu significado. Os brancos abraçavam afetivamente os negros. As crianças judias dormiam na casa das crianças palestinas. O medo se dissolveu, o terrorismo desapareceu, o amor triunfou.

Os presídios se tornaram museus. Os policiais se tornaram poetas. Os consultórios de psiquiatria se esvaziaram. Os psiquiatras se tornaram escritores. Os juízes se tornaram músicos. Os promotores se tornaram filósofos. E os generais? Descobriram o perfume das flores, aprenderam a sujar suas mãos para cultivá-las.

E os jornais e as TVs do mundo? O que noticiavam o que vendiam? Deixaram de vender mazelas e lágrimas humanas. Vendiam sonhos, anunciavam a esperança...

Quando esta história se tornará realidade? Se todos sonharmos este sonho, um dia ele deixará de ser apenas um sonho.*

*A editora e o autor permitem o uso do texto da grande torre para encenação teatral nas escolas, com o objetivo de homenagear os pais e mestres, desde que citada a fonte. (N.do A.)
(CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003, pp. 159-167).

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Game Over Licença Maternidade

Definitivamente a vida é uma questão de experiências...
Voltar ao batente está sendo mais doloroso do que deixar a pequena na escolinha.
Uma coisa é você estar a um quarteirão dela, outra é estar a quilômetros de distância.
Andar de BRT (novo projeto de mobilidade urbana em BH, no modelo Bus Rapid Transit) é assim, sei lá. Gastei a mesma uma hora de sempre, e não compreendi a matemática que diz que ele comporta 26 passageiros sentados e 51 em pé. No mínimo deveria ser ao contrário não?
As janelas que não abrem me deram um pouco de fobia. Sem contar que passar debaixo de um viaduto depois dos últimos acontecimentos, deixa seu coração batendo a 200 por hora (muito medo!).
Enquanto isso Iasmin segue na escolinha e, realmente parece que sentiu a separação. Na semana que antecedeu o meu retorno ao trabalho, sofreu com intestino preso e agora está “rouquiha da silva”. Não fazia ideia que bebês ficavam roucos e chorei junto com ela nas tentativas de fazer o 'cocô'. Agora ela está se recuperando, e se despede de mim com o mais lindo sorriso que prefiro acreditar que significa: “Vai com Deus mamãe. Eu estou bem. Tenha um ótimo dia no trabalho. Até mais tarde!”.
E assim você cai de paraquedas à antiga rotina. Antiga que virou totalmente desconhecida.
E tem que aprender de novo, tem que se acostumar novamente...
Sair da zona de conforto e seguir em frente mais uma vez.
Respira, inspira, não pira!

É A VIDA!

domingo, 10 de agosto de 2014

Não basta ser pai!

Ao meu marido Diego,pai da Iasmin e todos os pais de verdade:

Foto Pessoal.

Não basta ser pai, tem que ficar “grávido” junto com a mãe de seu filho;
Vestir-se de mulher no chá de fraldas,
Ir às consultas de pré-natal, nos exames de ultrassom, no curso do casal grávido, ficar na expectativa em saber se é menino ou menina.
Espalhar para os amigos a novidade e ser gozado, já que dizem por ai que pai de menina deve andar armado e com um pitbull.
Não basta ser pai, tem que viver a ansiedade do parto;
Manter a calma quando a esposa acorda às 5 horas da manhã dizendo que a bolsa estourou,
Arrumar um carro para levá-la à maternidade,
Ficar andando para lá e para cá no corredor do hospital,
E por fim, presenciar a hora “H”, com direito à respiração de cachorrinho e tudo mais, mas sem chance para desmaios.
Até que surge o mais lindo milagre da vida, onde é impossível, conter a emoção.
E toma que a filha é sua, leve-a para o berçário papai!
Não sabe segurar um ser tão frágil?
Aprende na hora!
E sai desfilando, como se estivesse exibindo um troféu pelo hospital...
Enche a boca para dizer: “é a cara do pai!”.
E sua vida nunca mais será a mesma, o melhor está apenas começando...
Não basta ser pai, tem que prender a respiração e trocar a fralda de cocô;
Acordar no meio da noite, colocar para rotar, fazer dormir, dar banho, fazer massagem de shantala e ser recompensado com o mais lindo dos sorrisos.
Não basta ser pai, tem que assistir “Galinha Pintadinha”, aprender a comprar roupas de menina, sentir o peso no orçamento, mas, sem perder o bom humor e ter a certeza de que tudo valerá a pena.
Tem que fazer dancinhas malucas na expectativa de arrancar uma gargalhada, ler um livro e sentir-se orgulhoso ao dar à primeira papinha, comemorar cada “mesvesário”, sentir saudades e vontade de voltar logo a cada viagem do trabalho, até chegar a hora de buscar na escolinha.
Pois é, ela já está na escolinha...
Sua pequena já é uma mocinha!
E ai não basta ser pai, tem que ter a consciência que o tempo passa, a “cria” cresce e não cabe mais na palma da mão.
Que para ser pai de verdade, tem que aproveitar cada minuto como se fosse último, caminhar lado a lado, olhar nos olhos e dar sempre colo.
Puxar a orelha quando for necessário, saber dizer não e principalmente estar de coração aberto e disponível para cada emoção que juntos vocês ainda viverão.
Só assim serás pai de verdade. E lá na frente, ela sentirá muito orgulho de você.
Terá na memória cada doce lembrança e a certeza de que você foi (é e será) o melhor pai que alguém poderia ter.
Feliz Dia dos Pais!
O primeiro de muitos.
Com amor, Iasmin e Rúbia.
10 de agosto de 2014.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Chegou o dia de ir para a escolinha.

Estou a uma semana do término da minha licença maternidade e ontem começamos uma nova fase em nossas vidas: a adaptação da Iasmin na escolinha.

Comecei a trabalhar meu psicológico com bastante antecedência, pois, sei que este não é um período nada fácil para os pais.

Por mais que tenhamos pesquisado, visitado, pegado indicações daquela que julgamos ser a melhor escolinha para a nossa filha, tenho a convicção de que ninguém vai cuidar dela como nós. Mas, deixo estes pensamentos de lado e me apego aos benefícios desta nova etapa na vida dela.

Como a Iasmin ainda está muito novinha esta transição é mais tranquila. Pode estranhar um pouco como de fato aconteceu ontem quando ela acordou de seu cochilo, mas de regra, eles adoram qualquer novidade.

Pude observar ela com os demais coleguinhas ontem e hoje, ela simplesmente sorriu quando dei tchau e eu, fiquei com aquela vontade enorme de agarrá-la. Mas tive que me contentar com a despedida só do portão.

Sei que aos poucos ela vai percebendo como é gostosa esta nova vida e entendendo o que significa a escola, aonde ela vai se socializar, desenvolver a coordenação, aprender a lidar com tempo, espaço, lateralidade, percepção, desenvolver a linguagem, pensamento lógico, aprender músicas, fazer artes plásticas, além de outras artes, lidar com a diversidade e elevar sua auto-estima além de muitos outros aspectos. É claro que ela não quer nem saber que está desenvolvendo tudo isso, pra ela é pura brincadeira e é isso o mais divertido, desenvolver todos estes aspectos de forma lúdica e saudável.

Graças a Deus não estou com o sentimento de culpa por deixá-la, apenas com aquela saudade gostosa e curiosidade em saber o que a minha pequena anda aprontando por lá. 

Ontem ela retornou às gargalhadas, como se quisesse contar tudo que aconteceu. O que acalmou nossos corações, pois se tivesse sido uma experiência negativa com certeza ela não estaria tão ativa e sorridente.

Temos também a consciência que a educação familiar e escolar são complementares. Nós somos responsáveis pela formação do caráter e personalidade de nossa filha e a escola nos ajuda a perceber outras facetas nela que muitas vezes podem passar despercebidas em casa. Devemos caminhar lado a lado e sermos parceiros na educação dela.

Se passarmos a imagem de tranquilidade e segurança para a Iasmin a separação “doi” menos e ela perceberá mesmo tão pequena que aquilo é positivo. Precisamos deixa-la inventar, correr riscos, frustrar-se, ter tempo para brincar com outros e se encantar com a vida.

Como ainda estou em casa, posso acompanhar esta adaptação de perto, deixá-la em horários alternados e ir aumentando o tempo de permanência gradativamente.

Desta forma, na semana que vem poderei voltar ao trabalho com a consciência tranquila e a certeza de que minha filha está bem. Podendo me dedicar a minha vida profissional, na busca do sucesso, da mesma forma que busco ser uma boa mãe....

Cenas dos próximos posts!

*Rúbia Lisboa

Fontes: Guia do Bebê, Livros
Quem Ama Educa e Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.