quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Queremos ficar grávidos!



Conheci um casal que deseja muito o primeiro filho. Ela se encantou pela Iasmin e fez algumas perguntas do tipo, quanto tempo demorei para engravidar, quais dicas ou “macetes” usei, etc.
Conversamos um pouco sobre o tema e recebi a sugestão de escrever a respeito.
No meu caso, a Iasmin foi planejada e veio na primeira tentativa. Acreditava que por tomar anticoncepcional há tantos anos, ficaria um bom tempo tentando (mito!). Cada organismo funciona a sua maneira e o primeiro passo é evitar comparações.
Segundo, que a decisão de ter um filho por si só já gera muita euforia e ansiedade e se estes dois fatores não forem na dosagem correta, podem atrapalhar os planos do casal e fazer que a espera seja mais longa que o imaginado.
Para especialistas, "quando a ansiedade se torna excessiva, a falta de equilíbrio emocional pode interferir nos níveis hormonais, tornando ainda mais difícil a concepção".
O segredo é esperar sem desesperar. Minha médica costumava dizer que não existe um tempo ideal, mas que para casais até os 35 anos a gravidez espontânea pode vir dentro do primeiro ano de tentativas. Se por ventura ultrapassar este prazo, o acompanhamento médico será bem vindo, mas, sem alardes.
Nós mulheres somos as mais aflitas. Já ficamos imaginando a carinha de nossos pequenos, ficamos loucas para comprar o enxoval e assim vai....haja imaginação!
Quando decidimos ficar grávidos, procurei minha ginecologista e ela me receitou o ácido fólico. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), mulheres que tomam a dose diária recomendada de ácido fólico ao menos um mês antes de engravidar e durante o primeiro trimestre da gestação reduzem o risco de o bebê ter problemas do tubo neural de 50 a 70 por cento. É um comprimido pequeno, que não engorda nem tem efeitos colaterais, é vendido baratinho nas farmácias ou distribuído em postos de saúde.
Outra dica é abusar do “namoro” durante seu período fértil. Voltando aos nossos tempos de escola, a mulher ovula uma única vez a cada mês, durante o período fértil. Então, o ideal é que o casal que deseja engravidar mantenha relações em dias alternados durante esse período. (mas não há contraindicação se quiserem praticar todos os dias, desde que ambos estejam a fim e não faça da prática uma obrigação).
Para calcular o período fértil, determina-se o primeiro dia do ciclo como o primeiro dia da menstruação. Em um ciclo de 28 dias, a ovulação tende a ocorrer ao redor do 14º dia do ciclo. "Contam-se 14 dias a partir do primeiro dia do ciclo. O período fértil começa três dias antes do 14º dia e termina três dias após o 14º. Ou seja, a ovulação pode ocorrer desde o 11º dia do ciclo até o 17º", explicam os ginecologistas.
Dicas para escolher o sexo do Bebê
Mas nada de ficarem fissurados na tabelinha ok? Tudo em excesso torna-se prejudicial.
Quero menina ou menino, o que fazer?
Eu não conseguia ver o rostinho do meu bebê. Todas as mulheres dizem ter uma intuição de qual sexo vai ser, mas eu realmente ficava na dúvida.
Você vai encontrar na internet vários sites que dizem ter dicas para ajudar a influenciar a ter um menino ou menina. Eu li todos! Mas sem aquela ambição de “só quero um filho ser for menina”.
Sempre fiquei me policiando ao ter estes tipos de pensamento, na certeza de que a criança poderia sentir e se frustrar caso não fosse o sexo que “sempre sonhei”. Especialistas não dizem que a vida psíquica não se inicia com o nascimento, e é na verdade uma continuidade da vida intrauterina?
Independente de ser menino ou menina, filhos sempre serão uma benção de Deus e diante disto, se o nível de angústia e ansiedade da gestante tiver intensidade muito elevada ou mesmo se sofrer traumas emocionais ou stress, crônico ou agudo, há de desencadear grande sofrimento fetal, marcando-o profundamente, podendo mesmo acarretar problemas orgânicos e psíquicos.
Tabela Chinesa
As simpatias, tabela chinesa, dentre outras coisas que fizeram comigo de fato deram menina, mas não há nenhuma confirmação cientifica das mesmas e não podemos nos apegar a tais crendices populares.
Então casais que querem ficar grávidos, curtam o momento, mas se esqueçam do relógio. Amem-se, aproveitem a vida a dois com muito romantismo e cumplicidade. Fiquem a vontade em terem um acompanhamento médico para tirarem dúvidas e se tranquilizarem. E ai, quando menos esperarem a vida de vocês nunca mais será a mesma, mas garanto que com a chegada de um filho, ficará melhor ainda.
Independente de religião, sugiro também uma parceria com o “Cara lá de cima”. Só Ele sabe de todas as coisas e se tiverem fé e confiança Nele, o bebê de vocês logo logo vai chegar.

Abraços e até o próximo post!
*Rúbia Lisboa

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Festa da Família na Escola de Iasmin (Parceria Família e Escola)

Instagram Pessoal
Olá pessoal!

No último sábado, aconteceu a Festa da Família na escolinha da Iasmin.

Eu nunca tinha ido a uma e não me lembro se nos meus tempos de criança, elas aconteciam.
O objetivo de resgatar a presença e participação dos pais na escola é mais do que louvável e eu fiquei encantada e emocionada com o que vi.

Definitivamente nossos filhos se tornam outros quando estão no ambiente escolar.

Não imaginava a quantidade de atividades que a Iasmin fazia na escolinha mesmo sendo tão pequena e como ela fica a vontade neste seu mundinho particular.

Foto Pessoal
A sensação que tivemos é que ela queria nos mostrar cada detalhe, estava eufórica e aproveitou cada atração.

Ela fez pintura com as próprias mãozinhas, descobrimos que já tem um brinquedo preferido que não temos em casa (mas já mandamos a cartinha para o Papai Noel, rsrsrs), se diverte muito na frente do espelho o que é ótimo para o seu desenvolvimento e aprende a se virar literalmente. De um lado para o outro vai ganhando confiança em seus próprios movimentos, querendo ir cada vez mais longe.

Foto Pessoal
A escola escolheu a Água como tema da festa aproveitando o momento para um trabalho de conscientização coletiva.

As crianças fizeram apresentações de Ballet e Judô e fomos surpreendidos com exposições de fotos das famílias, livros que relatam o desenvolvimento de cada aluno e oficinas familiares.

Quantos pais não têm estes momentos de lazer e interação com os filhos dentro de suas próprias casas?

Por fim, houve um lanche no modelo “festa americana”  que serviu para ensinar dos pequenos aos adultos a importância do compartilhamento e ali, cada um dividia o que tinha independente de uns terem mais e outros menos.

A mensagem final é que todos somos iguais e devemos e zelar por nossos bens mais precisos. Água, alimento e família principalmente.

Uma família unida é capaz de superar qualquer desafio.

E minha emoção surgiu justamente dai, dos momentos maravilhosos que tivemos junto com a nossa filha (...)

Gostaria de aproveitar o assunto “escola” e contar uma cena que minha mãe presenciou há alguns dias.

Próximo a nossa casa há uma escola pública de ensino fundamental. Após o término das aulas da manhã, minha mãe saiu de casa e viu que dois meninos de aproximadamente sete anos e uma menina iam embora sem a presença de um maior.

Um dos meninos insultava o outro aparentemente mais tímido com diversos palavrões. Minha mãe disse para o que estava sendo ofendido para não ligar e ir para o outro lado da rua, distanciando-se assim do “colega”.

Foto da Internet
Ele obedeceu mesmo sem conhecê-la, mas antes de acabar de atravessar o outro o atacou com socos e ponta pés, agarrando-o pelo cabelo e pescoço.

A menininha ficou só olhando e minha mãe foi tentar separar. O outro não reagiu e apanhou bastante. A briga só acabou, porque um homem foi ajudar a minha mãe a separá-los e colocou o “agressor” para correr.

Ao socorrer o que apanhou mais, minha mãe perguntou o seu nome, onde ele morava, dizia que ia ligar para os pais dele e ele então, teve uma crise de choro dizendo que não precisava, pois a mãe trabalhava o dia todo fora e ele ficava sozinho em casa.

Minha mãe se comoveu e disse que queria explicar a mãe dele que ele não causou a briga. Que a mãe deveria ficar sabendo sim do ocorrido e procurar a escola.

Ele disse que iria contar e que não sabia o motivo do outro ter feito o que fez e que há dias estava sendo “perseguido” pelo colega (uma forma de bullying que os pais devem se atentar). Foi se acalmando e seguiu seu caminho sem aceitar a ajuda da minha mãe.

Após o ocorrido, minha mãe passou a vigiar as saídas da escola na expectativa de encontrar com os meninos mais uma vez e saber qual foi o desfecho da história.

Viu o “agressor” (sei que este termo é pesado ao se tratar de uma criança, mas não consigo encontrar outro para diferenciá-los), mas sentiu receio em aproximar-se, pois desta vez ele estava na companhia de vários adolescentes de seus 17, 18 anos que o levava para a escola.

E por fim encontrou com o “agredido” na companhia de outro coleguinha. Ao chamar por ele, disse que tinha ficado preocupada naquele dia.

Ele simplesmente deu um sorriso e a abraçou (minha mãe chorou até né?!). Contou que ficou com o pescoço marcado por alguns dias e que sua mãe foi na escola. A diretora chamou o outro menino e que até o momento parou de mexer com ele.

Minha mãe disse para ele arrumar uma companhia para ir e voltar da escola e ele abraçou o novo coleguinha dizendo: “olha meu amigo aqui!”.

O amigo disse que o outro (agressor) era assim mesmo. Morava no “morro” e implicava com os outros atoa. Minha mãe ressaltou para eles não “darem corda” e qualquer coisa avisar aos pais e a diretora da escola.

Eles agradeceram e se foram....

E assim temos duas histórias diferentes mas que se completam.

O encantamento com a festa na escola da Iasmin e a decepção e medo ao ver minha mãe relatar o caso destes meninos.

Medo porque minha filha vai crescer e não sei como estará o mundo que lhe espera.

Não quero achar culpados, mas vejam como são dois extremos. Enquanto uma escola tentar trazer a família para perto de seus filhos, a realidade é que as crianças tendem a ficar longe de seus pais o dia todo. Sofrem bullying e agressões nas ruas ou na própria escola e em muitos casos os pais nem ficam sabendo.

Meu coração se despedaça em imaginar minha filha em uma situação como esta.

São crianças, crianças que por algum motivo crescem violentas, agridem os coleguinhas e sabe-se lá qual futuro vão ter.

Vamos “chutar” que o “agressor” deve ficar só no meio de adolescentes, vendo coisas improprias para sua idade e o “agredido” justamente por ficar sozinho, tem uma carência maior de afeto, defesa, etc., sei lá....

Mas repito são crianças e crianças não podem ser culpadas.

O papel da escola em tentar trazer a família para mais perto de seus filhos é de grande valia, mas a nossa responsabilidade é muito maior.

Eu mesma não sabia com tamanha clareza o que se passava com a minha filha na escola.
Aprendi depois da festa. E ainda assim me pergunto como vai ser à medida que ela for crescendo.
Educar não é uma tarefa nada fácil nos dias de hoje e por mais que eu tenha percebido uma Iasmin diferente na escolinha, ela reflete aquilo que aprende em casa.

Se presenciar brigas, palavrões e outras coisas negativas em casa fará o mesmo com os seus coleguinhas. Da mesma forma que minha ausência pode ser tamanha que posso cometer o erro de não perceber que ela esteja passando por uma situação difícil na vida escolar.

Estou colocando em primeira pessoa, pois não sei o que se passou na cabeça da primeira mãe que chegou do trabalho e viu o filho todo machucado e da segunda mãe que recebeu a noticia que seu filhou agrediu violentamente o coleguinha da escola na rua.

Não sei em qual situação se encontra estas duas famílias. Não sei se nesta escola tem a festa da família. Não sei se escola e família estão em parceria nestes e em outros casos.

Parceria!

Acho que esta palavra resume tudo. 

Não devemos inverter responsabilidades e sim caminhar lado a lado – família e escola – para que nossos filhos ou alunos se tornem cidadãos de bem.

E que fique estes dois exemplos para a nossa reflexão.

Até o próximo post.

*Rúbia Lisboa