segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Carta da Iasmin para o Papai Noel

Fotos pessoais By Rúbia Lisboa
Querido Papai Noel, primeiro não fique triste comigo porque não tiramos uma fotinha juntos.

Gosto muito do senhor, imito a sua rizada, adoro gritar Natal, ver as árvores e luzinhas piscando.

Papai e mamãe não colocaram luzinhas na minha árvore e ano que vem eu mesma vou colocar.

Mas, voltando na foto, não sei explicar o que acontece. Gosto de te ver, mas não quero chegar perto. Também sou assim com os cachorrinhos e gatinhos e a mamãe disse que com o tempo isso passa.

Por falar em tempo, este é o assunto da minha cartinha.

Quero pedir mais tempo com a mamãe e com o papai.

Fico muito com o papai, mas, seria mais legal se a mamãe estivesse com a gente também.

Não entendo gente grande...

Mamãe trabalha muito, fica muito cansada e estressada.

Soube que ela pede por mais tempo há quase dois anos e não conseguiu ainda.

É o senhor que entrega o tempo para ela também?

Se for, está demorando muito!

Ela fala que não pode “chutar o balde” e que está buscando outras soluções, mas, até hoje não encontrou nada.

Eu não gosto de esperar. Sempre choro quando não consigo algo que quero.

Mamãe diz que não podemos ser assim. Que precisamos ter paciência e que tudo tem o seu tempo.

Mas acho que ela já perdeu a paciência faz um tempão! Quem entende a mamãe?

Quero pedir para aumentar o meu tempo como criança, não quero crescer rápido e virar uma adulta sem tempo.

Ser criança é mais legal!

Já sei que ano que vem começa com o aniversário da mamãe e ela diz assim:

“Pois é; Trintei!”

Que será uma nova etapa na vida dela e para todos nós!

Espero que seja só de coisas boas....

Aí vai chegar meus dois aninhos e está vendo como o tempo está passando rápido?

Sei também que vou mudar de “tia” na escolinha, que a Duda não vai estar mais lá e um monte de coisas diferentes vão acontecer...

Diz a mamãe que o novo assusta, mas, que temos que enfrentá-lo e que a vida é uma caixinha de surpresas!

Que seja apenas surpresas boas então!

Não quero saber de notícias ruins que envolvam crianças, de gente grande brigando uma com a outra, ou de confusão na política do País.

Também não entendo esta parte, mas ouvi na televisão e a mamãe dizendo que é “muita opinião e pouco conhecimento! ”
Uma onda de todo mundo ficar dando “pitaco” na vida e escolhas do outro sem respeitar ao próximo.

Por isso quero pedir também, que no ano que vem cada um fique no seu quadrado e assim acho que as coisas serão mais fácies.

Menos blá-blá-blá e mi-mi-mi.

Prefiro mais Patati e Patatá e bem que o senhor podia me dar uma forcinha para eu conhecer eles no ano que vem.

Mamãe diz que é caro e agora estou começando a entender porque ela pica o papel e me fala que é dinheiro.

Enche as minhas bolsinhas de papel picadinho e me pergunta se tenho dinheiro quando peço alguma coisa para ela.

Muito triste saber que tudo gira entorno deste tal de dinheiro....

Por culpa dele que a mamãe trabalha tanto e não tem tempo para nada.

Pior é que ela também não tem dinheiro, quem entende?

Dinheiro para pagar minha escolinha, dinheiro para pagar o médico, para comprar comida, para pagar as contas, até para tirar foto com o senhor (Sacanagem heim!? Mas já que não tirei, ajudei a minha mãe a economizar, ráh!)

Queria pedir para o abraço, o carinho, o amor, a cosquinha, o sorriso, os desenhos animados e o tempo valerem mais do que o dinheiro.

E aí sim a vida de gente grande seria muito mais divertida igual é a minha vida de criança.

Não precisa me mandar brinquedos e já doei aqueles que não uso mais no jogo de futebol beneficente que o papai faz.

Só quero mais sorrisos e menos lágrimas.

Que crescer seja sem doer.

Que a mamãe tenha um “upgrade” (Sim! Minha geração sabe tudo de tecnologia e informática) pessoal e profissional com este tal de “trintei” e mais tempo comigo.

Que a vida seja doce feito mel.

E que todos nós tenhamos um Feliz Nata!

Ho Ho Ho...


 Com carinho Iasmin.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Acorda mamãe que estou crescendo!

No último dia 08 de dezembro foi feriado aqui em BH e tivemos um dia maravilhoso com a nossa flor de Iasmin.

Dia que fez a nossa ficha cair e perceber o quanto o tempo passa rápido e nossos filhos definitivamente cortam o cordão umbilical conosco e enfrentam o mundo.

Não sei quanto a vocês, mas a primeira situação me causou um certo desespero.

Aquele momento em que você percebe que seu filho perdeu um guarda roupa inteiro da noite para o dia. Tudo ficou curto! Tudo ficou apertado!

Roupas que usamos apenas uma vez, ou pior, nunca foram usadas e não servem mais...como pode?

Bebês comem fermento escondido?

E os sapatos? Chorei! (risos)

Onde vou arrumar dinheiro para renovar um guarda-roupa inteiro?

A situação se tornou cômica a partir do momento em que comecei a fotografar a Iasmin com as roupas.

E aí, eu que nem sou viciada em fotos acabei fazendo outro mini ensaio da minha pequena que já não é tão pequena assim mais.

Um dos vestidos da festinha de um aninho que foi usado somente por algumas horas, mesmo que curtinho agora, continua sendo o meu xodó e possibilitou fotos bem legais que no final deste post, compartilho com vocês e provam o quanto o tempo voa.

É, precisamos ir às compras!

E fomos! 

Compramos algumas peças básicas que estavam fazendo falta, encerrando o dia no shopping com o papai.

A intenção na verdade era fazer a famosa foto com o Papai Noel, mas, a Iasmin não quis nem chegar perto do bom velhinho.

De longe ficava imitando o “Ho Ho Ho” de perto falava um “não” mais do que imediato.

Melou!

Mas o que nos surpreendeu mesmo e que a nossa pequena já se vira sozinha.

Antes da maternidade nunca tinha dado importância aos espaços nos shoppings para os bebês ficarem enquanto os pais fazem suas compras, vão ao cinema ou algo do tipo.

Jamais teria coragem de deixar minha filha lá sozinha....

Mito!

Passamos por um espaço destes que foi recém-inaugurado em um dos shoppings da nossa região.

Pensamos: “não deixa ela ver, pois, vai querer entrar, mas, não vai ficar lá sem a gente...”

Mito!

Tentamos distrair a danadinha com as vitrines, mas, quando ela avistou aquele mundo colorido e cheio de brinquedos ela deu gritos de euforia, e já foi correndo em direção.

Tínhamos certeza que ela ia entrar e chorar já que ficaríamos para trás.

Mito!

A responsável até pega todos os nossos contatos, avisa que podemos sair e que qualquer coisa ligava pedindo para irmos até lá se ela chorasse e tal, mas, que disse que tivemos coragem de sair de perto.

Ficamos observando de longe e com cara de bobos, boquiabertos ao ver que ela nem olhou para trás.

Só choramingou quando caiu na piscina de bolinhas, mas, mesmo sem conhecer nenhuma das instrutoras ou crianças que também estavam ali (ao contrário da escolinha), ela se saiu super bem e independente naquele mundo que lhe parecia tão familiar.

Brincou, pulou, dançou e foi muito feliz no seu mundo de criança.

Afinal, o bom da vida é ser criança!

Acho que da próxima vamos ter coragem de deixar ela lá e dar uma fugidinha para um passeio só do papai e da mamãe.

Definitivamente o que prende os nossos filhos, somos nós mesmos.

Longe da gente eles se viram, se soltam, ganham asas e são capazes de coisas que jamais poderíamos imaginar.

Eu sempre quis ser um mosquitinho para ver o dia a dia da Iasmin na escolinha. Na última terça tivemos uma demonstração real de como deve ser.

Acordei e me dei conta que não tenho mais um bebê frágil e totalmente dependente em meus braços.

Sim ela está crescendo!

Estamos rumo aos dois aninhos que parecem terem escapado pelas minhas mãos. Só agora estou me dando conta do quanto eles passaram rápido e como temos que aproveitar mesmo cada minuto com os nossos filhos.

Depois de tantos mitos, um ponto é fato:

O tempo não volta mais!

Iasmin cresceu e continuará crescendo.

Não há nada que possamos fazer.

Só me resta aproveitar cada fase e eternizar estes momentos em fotos que vou deixando aqui no blog para a Iasmin ver quando crescer.

Até o próximo post.

Fotos pessoais.
Detalhes que em breve estarão muito diferentes.





Era uma vez um vestido curto
Mamãe cresci!




O bom da vida é ser criança!
Fotos Pessoais.





Fotos pessoais.
Rúbia Lisboa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

"Se eu quiser falar com Deus..."

Venho de uma ausência nas postagens do blog pois, por mais que pareça clichê, o fim do ano sempre é mais corrido para todos nós.

É o período que mais me consome no emprego: provas, encerramento do semestre, preparação do novo ano que vai começar, tarefas que me fazem trabalhar mais de 12 horas por dia como já comentei com vocês.

Venho também de um período pessoal triste. Em pouco mais de um mês foram quatro perdas entre vizinhos, amigos, parentes e entes queridos que de repente nos deixaram sem ao menos termos tempo de dizer adeus.

E queira ou não, é a dor da perda e da partida que fazem a gente refletir mais sobre a vida, se estamos no caminho certo e aproveitando o tempo (que não sabemos o quanto temos) da melhor forma possível.

Está sendo também neste fim de ano que estou tendo que aprender como ensinar a minha filha que na vida há sentimentos bons e ruins, momentos em que ficamos tristes e alegres. E ela tão pequenina já tendo que lhe dar com emoções tão diferentes.

Se não é fácil para gente, imagina para eles?

Se olharmos a nossa volta infelizmente nos deparamos apenas com notícias ruins e nestes casos o questionamento é inevitável: Porque tanta tragédia meu Deus?

No último sábado participamos de mais um círculo do nosso Encontro de Casais com Cristo (ECC) e o tema foi justamente a Oração.

Me surpreenderam com a seguinte pergunta: “ Como está a Oração da Rúbia? ”

Respondi: “Não está! ”

Estou em uma fase de questionamentos em que ainda não consegui entender o tempo e os propósitos de DEUS.

Não estou aqui para falar de religião, mas, da fé como um fator necessário para nos dar um norte na vida, creia você em que quiser.

Na sexta por exemplo, sai aos prantos do trabalho após ter uma conversa com minha líder sobre o quanto está sendo difícil para mim conciliar a vida profissional com a maternidade (Iasmin já vai fazer dois anos e ainda não superei este dilema).

Que bom que ela também é mulher, já que estamos em um momento em que a sociedade está tão machista e que o mercado de trabalho ainda não acolheu a mãe. 

Por sorte, trabalho em uma empresa com uma visão diferenciada e como disse minha líder sou uma excelente profissional, mas, que se cobra ser uma excelente mãe. Ou a sociedade me cobra isso e por este motivo as coisas se tornam mais difíceis.

É poder ser... 

A questão é que ainda não me encontrei como mãe e profissional e para resumir esta parte faço as palavras da Cinthia Dalpino as minhas palavras. Belíssimo texto... (leia aqui)

São nestes desacertos e dúvidas, perdas e partidas que eu questiono tanto a Deus e talvez peque nas minhas orações.

Mas, poder refletir sobre isto já pode ser o início do caminho, para se ter a resposta que as vezes é necessário passar por estes enfrentamentos.

Que o propósito do “cara lá de cima” pode ser totalmente diferente daquilo que acreditamos ser o ideal no momento.

Se eu quiser falar com Deus, “tenho que encontrar a paz”, “tenho que me aventurar”...

Não é fácil, mas vou tentar! 

E que no ano que se aproxima, eu tenha a maturidade e o discernimento para compreender tudo que passou...


Até o próximo post.
Rúbia Lisboa.