quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Antes que agosto se vá: aos papais com carinho!

Não poderia deixar de fazer uma postagem no mês dos pais (já que não fiz no dia dos pais).

Agosto foi de fato um mês que agregou muitos valores no meu conceito e visão de paternidade.

Tenho um compadre que diz: “Dia dos pais é muito sem graça! Na escolinha da minha filha tem tudo para as mães e nada para os pais...é uma meia, um lenço e olhe lá!”

E não tiro a razão dele.

Pai é sempre o coadjunvante....

Mas, como disse no início, o mês de agosto provou que não é bem assim, e aprendi muito com uma comunidade de pais que veio para mostrar que eles podem fazer de tudo, bem como as mamães.

Entendo perfeitamente que há um grande número de mães solteiras e pais ausentes.

Mas, precisamos também mostrar o outro lado da moeda. Mesmo que seja a minoria (ainda) porém, uma minoria com um desejo enorme de fazer a diferença e servir de exemplo, convidando cada vez mais pais para fazerem parte deste time.

Sim! Há pais solteiros que criam não só um como vários filhos sozinhos...

Sim! Há homens que sonham em se tornarem pais....

Sim! Há pais que não abrem mão de estarem presentes na vida de seus filhos mesmo que tenham se separado das mamães.

Você pode perguntar ironicamente: “onde encontro este ser encantado”?

Bom, não vou ser nada modesta ao afirmar que tenho um papai destes aqui dentro de casa e não só eu, como a Iasmin nos orgulhamos muito dele.
Papai Diego fala para a Revista Canguru sobre o evento "Papo de Pai"


Mas, em agosto tivemos o privilégio de conhecer e conviver com vários papais assim.

Sim! Há papais blogueiros também...

E não somos concorrentes, pelo contrário, nos tornamos grandes amigos a partir do momento que o bem estar de nossos filhos e de todas as crianças que nos rodeiam torna-se o denominador comum de nossos blogs e de nossas vidas.

Assim, como vocês já sabem, conheci o Bruno Santiago que está no comando da comunidade “Pai tem que fazer de tudo” e vem formando um legado de pais que defendem que não podem terceirizar a educação dos filhos.

Bruno e eu
E depois dele fui conhecendo vários com depoimentos emocionantes que pude presenciar no primeiro Papo de Pai, promovido pela revista Canguru e no 1° Encontro Pai tem que fazer de Tudo.

Não são pais que ajudam! São pais que cuidam e reivindicam o protagonismo na criação dos filhos.
E isso é a coisa mais linda de se ver!

Sim! Eles existem, não é um conto de fadas e são muito melhores do que super-heróis...

Mulheres! Repito:

“Mesmo que você seja uma ótima mãe, a figura masculina é imprescindível para garantir a autoconfiança e o desenvolvimento social dos pequenos”.

O papel do pai é fundamental para o desenvolvimento de nossos filhos!

Por fim, gostaria de frisar a minha mensagem usada no dia dos pais, atrasada, mas, se todo dia é dia das mães, todo dia é dia dos pais também:

“A mais importante herança que os pais podem deixar para seus filhos são todos os momentos que eles vivem juntos… O que sobra, além disso, são coisas meramente materiais e perecíveis, que o tempo vai se encarregar de consumir… Os filhos esquecem aquele presente caríssimo, mas nunca de um abraço sincero, de um elogio verdadeiro, das brincadeiras alegres, das refeições em família. Porém, acima de qualquer outra coisa, eles nunca vão esquecer-se de todos os seus exemplos como HOMEM/MULHER, como PAI/MÃE, como CIDADÃO(Ã), e principalmente como SER-HUMANO! Seus exemplos são a maior fortuna que seus filhos vão herdar pra viverem neste mundo! “PAIS SÃO ARCOS, FILHOS SÃO FLECHAS!”(autor desconhecido).

Feliz dia dos pais! Em especial ao Diego, meu amor e papai da Iasmin, ao Bruno e a todos os papais que fazem a diferença na vida de seus filhos.


Com carinho!


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Uma amizade de aprendizado

Não poderia encerrar esta semana sem contar sobre uma experiência única que tivemos (Naty e eu com os nossos respectivos blogs e representando o Conecta Mães BH) ao visitarmos e conhecermos o Projeto Assistencial Novo Céu em Contagem – MG.

A instituição que está completando 25 anos acolhe em regime de abrigo, crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral, em situação de vulnerabilidade social. 

Se tem uma lição que já aprendi nesta minha aventura como blogueira é que este caminho se resume em aprendizados constantes ou, até diria amizades de aprendizados.

E assim, recebemos o convite da Tatty Nunes do Blog Mãe de Primeira Viagem para conhecermos uma campanha de financiamento coletivo de um livro sobre uma garotinha com paralisia cerebral em prol do Novo Céu.

Foi amor à primeira vista e é impossível não querer abraçar a causa e ajudar de alguma forma.
Eu particularmente, mesmo já acostumada e envolvida em questões sociais desde cedo (lembram-se do Projeto Smiles?) tive que me segurar para não deixar as lágrimas caírem.

Recebemos alguns informes sobre a história de todo trabalho ali realizado e tivemos conhecimento que duas crianças eram moradoras recém-chegadas, sendo uma delas, uma garotinha de apenas 7 meses.

O local definitivamente nos faz sentir em casa, mas ao chegarmos à porta do primeiro quarto, mesmo antes de avistar todas as crianças, um arrepio surpreendeu-me da cabeça aos pés.

A mais nova moradora estava sendo acariciada pela cuidadora logo na entrada. Com olhar esperto e curioso, percebeu que havia chegado visitas. Todas nós nos rendemos aos seus encantos únicos e especiais e para minha surpresa e emoção, seu nome é simplesmente Iasmin, uma linda flor como a que tenho aqui em casa.

Como não chorar?

E a partir das histórias de vida como a da Iasmin e de tantas outras crianças com paralisia cerebral, que surgiu o livro “Tony e Nina - Uma história de afeto”.

Nina é uma menina que anda com a ajuda de uma cadeira de rodas e faz tratamento médico, em função de uma paralisia cerebral. Ela conhece Antônio, o Tony, de 9 anos, e os dois logo começam uma amizade muito especial por ser cheia de aprendizado e descobertas. A história dessas duas crianças, que se encontraram nas suas semelhanças e diferenças, é contada pela escritora Marismar Borém e ilustrada pelo Leonardo Barros no livro.

Para criar a Nina, a autora se inspirou nas crianças do Novo Céu. A instituição queria contar essa história de uma forma alegre e envolvente e foi aí que encontrou a Educore, um grupo de autores, educadores, pais e entusiastas da infância que trabalham em prol da educação de qualidade por meio da formação moral e ética das crianças.

O livro “Tony e Nina - Uma história de afeto”, que leva o selo Pedagogicamente Responsável da Educore, é fruto dessa parceria inédita e para que ele se torne realidade está sendo lançada uma campanha de financiamento coletivo, na qual fomos convidadas a conhecer e compartilhar com vocês.

Como contribuir:

Para colaborar com a produção do livro é só acessar a plataforma infanciar.juntos.com.vc/novoceu e escolher a melhor forma de apoio. Em cada faixa de valor doado são oferecidas diversas recompensas. Você também pode ajudar divulgando a campanha. O financiamento vai viabilizar a produção e impressão de três mil exemplares, que vão contribuir para uma educação mais cidadã de milhares de crianças. Além disso, toda a venda da obra será revertida para a manutenção da casa e melhorias na infraestrutura.

Por toda Nina ou Iasmin que encontramos por aí, sem sombra de dúvidas é uma campanha que vale a pena ajudar.

Colabore, compartilhe, faça uma visita a estas crianças. 

A amizade de aprendizado que elas nos possibilitam valerá para o resto de nossas vidas.



sexta-feira, 5 de agosto de 2016

E Lá se foram às férias outra vez e definitivamente chegamos ao “terrible twos”

Foto pessoal: Mamãe estou crescendo né?!
Tem uma semana que as aulas retornaram e eu não conseguia sentar para colocar o blog em dia.

Até que comparando esta mesma postagem com o ano passado, só estou dois dias atrasada. Ufa, menos mal!

A nossa programação foi bem parecida também: encerramos o semestre com a festa junina da escolinha, passeamos muito na casa da bisavó, no lugar de um peixinho agora temos a Melissa Dog, nos divertimos muito com o papai, brincamos de tinta de novo, fizemos cabaninha com direito a festa do pijama (veja o vídeo no final)e só não rolou a colônia de férias com os primos outra vez, pois, estão todos virando “aborrecentes”.

Porém, nem tudo são flores e estas férias coincidiram com o “terrible twos” ou adolescência do bebê e, ao contrário do ano passado, desta vez os meus cabelos ficaram em pé.
Iasmin berra e esperneia a qualquer e menor contrariedade. Para cada dez palavras que ela diz vinte são “nãos”. Resiste em seguir qualquer orientação, mesmo a gente avisando mil vezes que ela pode se machucar, por exemplo, e, ela acaba se machucando. Não atende aos pedidos e parece ser sempre do contra.

Completando o desespero da mamãe aqui que nunca sabe se está agindo da forma correta ou errada, não consegui realizar o desfralde e nos livrarmos da bendita chupeta (que eram planos que na minha cabeça, seria um sucesso durante as férias, só que não! E tudo que foi planejado, passou longe de ser colocado em prática).

A baixinha nervosa daqui de casa, ainda está com medo de tudo. Fomos a um aniversário que tinha a Galinha Pintadinha e vocês não imaginam o filme de terror que foi... Sem contar o medo das princesas, de mascaras, de circo, palhaço e assim vai.

Às vezes volta a falar em “bebenes” ou pede colo toda hora (quem entende?). 

Fica papai e mamãe nervosos, Iasmin estressada, Melissa latindo, vovó dando só palpite errado. Resumindo: um verdadeiro caos!

Confesso e, que atire a primeira pedra a mãe que nunca deu “Graças a Deus” quando as aulas voltaram (mas que também sentem saudades quando os filhos estão longe, rsrsrsrs).

Iasmin nem estranhou a volta para a escolinha e o meu consolo é que muitas outras mães que passaram pelo mesmo disseram que lá para os dois anos e oito meses a calmaria vai voltando outra vez.

“Jesus, Maria e José!” Faltam quatro meses ainda! Força na peruca!

Brincadeiras a parte, é só uma fase e como todas as outras, vai passar.

Imagem da Internet
De fato, parece tanto com a adolescência que ao mesmo tempo em que ela se comporta como um vulcão em erupção, ela muda e vem como uma leve brisa, abraçando, enchendo de beijos, dizendo que ama ou pedindo desculpas para, daqui cinco minutos começar tudo outra vez.

Não vou dar receita de bolo de como agir (no Google há um milhão delas), pois, mesmo isso sendo comum nesta idade, cada criança é de um jeito e cada adulto age de uma forma.

[Dizem que eu na idade da Iasmin corria o quintal inteiro para cada colherada de comida. Se eu fosse a minha mãe, já tinha me enforcado...(risos), tá vendo?! Minha mãe aguentou firme e forte, e hoje estou aqui.]

Vou testando com ações que para alguns podem ser corretas e para outros podem ser erradas (desde colocar de castigo, conversar olhando nos olhos, dar uns gritos, fingir que está dormindo, fingir que está chorando também... nossa, a lista é interminável e depois que passa chega a ser cômica).

Por isso, acredito que cada um deve descobrir por si só a melhor maneira de ensinar e educar e na dúvida, procurar um especialista ou orientação médica.

Não sei se já comentei aqui, mas, certa vez ouvi a frase “não quero filhos, pois, educar dá muito trabalho”.

E como dá!

Se não quer ter trabalho, definitivamente não tenha filhos. Pois, este é o único trabalho que você carrega consigo para o resto de sua vida, independente de seus filhos crescerem, se mudarem ou se tornarem ingratos.

Acompanhei um ente querido em uma sessão de quimioterapia na última segunda-feira e pude ver de perto crianças realizando o mesmo tratamento.

Foi aquele momento em que você engole seco, respira fundo e quando chega em casa abraça o seu filho de forma que parece que não vai soltar nunca mais.

Iasmin - A levada da breca!
Apenas diz baixinho: “dê o trabalho que for meu filho, mas, esteja sempre saudável”.

(Assunto para outro post)

Nossas férias foram ruins ou piores pelo fato da Iasmin estar na crise dos dois anos?

De forma alguma!

Foram cansativas, mas únicas!

Que nunca mais teremos iguais.

Iasmin está se descobrindo, está formando as suas opiniões, seus desejos e a sua personalidade.
Pergunta “o que é isso aqui” mil vezes. Quer se vestir ou colocar os sapatos sozinha mesmo sem ainda fazer com perfeição. Chora se não consegue, chora se tentamos ajudar.

Como chora!

Mas, vai passar e este é o caminho natural da vida.

E eu que fiquei com muito mais cabelos brancos nestes últimos dias, com as olheiras de um urso panda e com a paciência de Jó, já estou com saudades de ter a minha pequena o dia inteiro só para mim.

Entende?

Não!

Afinal, “Pois é Sou Mãe”, ser mãe é isso e só quem é entende!

Até o próximo post.

Cenas das nossas férias - Fotos e videos Pessoais