Com
a gente não seria diferente e eis que passamos por tal experiência que no
primeiro momento foi angustiante.
Na
última semana, do nada a Iasmin chegou ao fim da tarde de sábado muito
resfriada. Não notamos se ela teve contato com alguém e não fazemos ideia de
qual poderia ter sido o motivo.
À
medida que foi anoitecendo, ela foi piorando. Nunca vi tanto catarro em uma
pessoinha tão pequena e parecia (exagero de mãe) que ela ia se sufocar.
Chorava
muito e a única posição que ela conseguia cochilar era na posição para arrotar.
Resultado?
Não preguei o olho à noite com medo de a menina engasgar.
No
domingo cedinho fomos à procura do médico de plantão e na primeira clínica mais
próxima, pediatras não trabalhavam aos domingos. Como assim?
Fomos
então para um hospital com pronto atendimento infantil. Como estava cedo não
estava tão cheio, mas, todas as crianças ali presentes estavam com sintomas
parecidos aos de Iasmin.
Primeira
lição: embora, sempre ha reportagens do tipo, agora que sentimos na pele o
quanto é comum criança adoecer nessa época do ano.
Na
recepção, havia um aviso dizendo que o tempo de espera para o atendimento poderia
chegar á duas horas. Acho que esperamos uns trinta minutos e quando o doutor
nos chamou, com aproximadamente cinco minutos, escutou os batimentos, olhou o
ouvidinho e nos deu uma receita para lavar o narizinho dela com soro
fisiológico. Só isso: RECEITA PARA LAVAR O NARIZ! Sem contar que ficamos mais tempo na espera do que no consultório.
A
nossa indignação e frustração de pais novatos na área estava estampada na cara.
Mal podíamos acreditar que aquilo era uma consulta e de convênio heim?!
Mas,
aprendemos a segunda lição: não se desespere no primeiro "Atchim!" de seu filho!
Mesmo
assim, fiquei revoltada com o atendimento e percebi que todos eram assim,
ligeiros.
Por
mais, que gripes, alergias ou doenças respiratórias sejam comuns nesta época do
ano, acho que todos merecem um atendimento digno. Vai que seja algo mais grave?
Cinco minutos não é suficiente para um diagnostico.
Pesquisando
a respeito, vi que estamos vivendo uma onda de consultas a jato onde,
atendimentos médicos que não duram mais do que 15 minutos tornam-se frequentes,
e provocam sim o erro no diagnóstico e na prescrição de remédios.
Infelizmente
não há no Brasil uma regulamentação que determine o tempo mínimo que uma
consulta deve ter. Vale apenas um consenso entre os bons médicos de que é
impossível fazer uma avaliação correta do paciente em menos de 25 minutos.
No
caso dos planos de saúde, uma consulta equivale aproximadamente a trinta reais para
o médico, o que faz muitos profissionais atender mais gente do que deveriam
para conseguir um rendimento satisfatório. (absurdo!)
Sem
leis especificas para tal, o paciente só poderá processar o médico quando
houver um dano evidente e ficarem caracterizadas negligência, imprudência ou
imperícia e não porque a consulta foi rápida.
Mas,
mesmo sem um erro evidente, no entanto, vale registrar a queixa nas operadoras
de saúde (para usuários de planos) ou no Ministério Público e secretarias de
Saúde (pacientes da rede pública).
A
denúncia aos órgãos competentes pode ser uma boa opção para conseguirmos meios
que exijam e controlem consultas mais extensas e principalmente de qualidade;
afinal com saúde não se brinca.
Depois
que passamos pelo “Dr. Ligeiro”, a Iasmin teve uma consulta com a sua pediatra
mesmo e ai sim tudo foi esclarecido e fomos tranquilizados.
Aos marinheiros de
primeira viagem como a gente, saibam que um bebê pode ter entre oito e dez resfriados só nos dois
primeiros anos de vida. Logo, haja lenço de papel e noites mal dormidas!
Isso
é apenas o começo...
*Rúbia Lisboa
Fonte:
Isto é e Baby Center.