segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quando eu decidi ser mais egoísta.


 Que eu mudei não tenha dúvidas!

Tudo começou quando a sementinha de um novo ser foi plantada dentro de mim e se concluiu após eu completar meus trinta anos de idade.

Concluiu não!

Afinal todos nós somos uma metamorfose ambulante.

Estou em uma mudança constante e às vezes fico me perguntando se isto é bom ou ruim.
A conclusão que já cheguei é que hoje sou muito mais egoísta.

Explico: não vamos levar aqui o conceito de egoísmo ao pé da letra e sim, o mínimo de amor próprio que a pessoa deve ter para consigo mesma.

Pois é, antes eu não era assim!

Sempre coloquei tudo e todos em primeiro lugar e esquecia-se de mim.

Agora mais do que nunca eu optei por sair de cena, dar uma trégua e reconciliar comigo mesma.

Isso não é ser covarde e sim ter coragem o suficiente para se amar em primeiro lugar.

Coragem, pois, a partir do momento em que esta decisão é tomada e colocada em prática você vira o EGOISTA com letras garrafais.

As pessoas te apedrejam sem ao menos se quer tentar entender o que de fato está acontecendo.

Repito, somos uma metamorfose ambulante e em algum momento da vida temos que nos abrir para o novo ou até então adormecido dentro de nós.

Todo mundo passará por isso um dia.

Quero e preciso ultrapassar meus limites, vencer meus medos, superar minhas próprias barreiras, lutar contra os meus defeitos (que não são poucos) e aí sim, poder buscar e realizar os meus objetivos.

Antes eu perdia pessoas por omitir o que sentia e não querer magoa-las, agora perco por ser sincera. Ou seja, vamos perder de qualquer forma!

As amizades, por exemplo, se tornam um funil natural da vida e permanecerá do seu lado não quem você quer e sim quem quer e se identifica ou sabe respeitar as diferenças existentes entre vocês.

Foto Pessoal
Meus amigos de infância não são os mesmos da época do colégio, que não são os mesmos da faculdade, que não são os mesmos dos vários trabalhos pelos quais já passei que não são os mesmos desta nova fase que estou vivendo, digamos assim.

E não há nada de errado nisso. Aqueles com conseguem conviver com as nossas mudanças continuarão ao nosso lado. Os que não, se vão naturalmente... Sem culpa e sem cobranças.

O gostoso é se reencontrar e matar as saudades e isso já compensa a vida. Mostra que seja qual for à fase em que você está agora, matar a saudade é a prova do que passou foi bom e apenas abriu caminhos para que novas experiências aconteçam.

Antes eu me despedaçava para garantir a felicidade alheia e deixava a minha autoestima de lado.

Hoje aprendi que se me coloco em primeiro lugar NA MEDIDA CERTA, consigo ser melhor até com o meu próximo.

Mais um exemplo, é a maternidade:

Agora consigo ser egoísta com a minha própria filha.

Desde o seu nascimento estava sendo a última dormir e a que menos dormia, pois, a cada vez que eu acordava a noite para vê-la demorava no mínimo de trinta quarenta minutos para dormir novamente. A matemática é simples: se eu levanto umas cinco vezes na noite, perco no mínimo e por alto umas três horas de sono. Quanto eu durmo por dia então?

Isso afeta meu humor, minha paciência e minha saúde.

Agora se estou com sono corro para me deitar e a deixo com o papai que é obrigado a ficar de olho nela. Se ela resmunga a noite peço a ele para se levantar também e assim vamos fazendo um rodizio.

Às vezes, corta meu coração vê-la chorando ou me chamando, mas, consigo fingir que estou dormindo e ela inclusive, vai aprendendo a se virar sem mim que estava sendo super protetora.

Tá vendo?

Acho que me cobrei e ainda me cobro muito para ter uma maturidade após a maternidade e com o avanço da idade.

E isso dói!

Pois, afinal, não é visto com bons olhos pelos outros.

Você se torna a chata, a ingrata, a metida, a ausente, a arrogante....A EGOISTA.

Mas, mesmo doendo e com todos estes adjetivos que ganhei e continuarei a ganhar, prefiro continuar por este caminho.

Caminho que me permite ser quem eu sou de verdade. No intimo da minha essência, sem abrir mão dos meus valores, dos meus princípios e daquilo que julgo ser certo para mim e para minha felicidade.

Minhas escolhas não precisam ser iguais as suas e saber conviver com estas diferenças é o que vai nos permitir caminhar lado a lado.

O respeito e a democracia são o que há de belo na vida!

Seguirei egoísta e “prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”...

(Textos malucos a gente se vê por aqui)


Até o próximo post.


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Manhêêêêê cadê meu “bubú”? [4 provas de que você não sabe tirar a chupeta do seu filho!]

Continuando nossa saga dos terrible twos até que Iasmin já teve uma significativa evolução.

Embora continue com as oscilações de humor constantes, a fase do medo tem diminuído e ela está mais sociável, digamos assim.

No último final de semana, por exemplo, fomos a um aniversário com o tema dos Vingadores e ela conseguiu ficar no mesmo ambiente em que as estátuas do Hulk e companhia, não precisou ir embora da festa antes do parabéns e só ficava mais na defensiva em nosso colo quando outra criança chegava mascarada.

Para quem berrava em todos os eventos do tipo e literalmente saia correndo, evoluímos e muito!

Começamos a ter sucesso no desfralde também e ela já se incomoda com as fraldas e consegue pedir para ir ao banheiro a tempo em 80% das vezes que sente vontade.

Como ela mesma diz: viva!!!!!!!

E sempre fazemos uma festa a cada pequena vitória.

Porémmmmm o danado do “bubú” ou a tradicional chupeta tem dado pano para manga.

Provavelmente por esta fase que ela está vivendo ser tão intensa, percebo na chupeta quase que um remédio para ansiedade. A ponto de ela chupar ela excessivamente, querer mastigar ou colocar tudo na boca. Se tem uma fraldinha junto então é uma festa, que ninguém merece.

Apesar das professoras orientarem tirar uma coisa de cada vez, pois é um momento de grandes mudanças na vida da criança, está angustiante esta dependência radical dela.

Tiramos durante o dia!

Quando ela está na escolinha, no auge da levadeza e rodeada de coleguinhas que já não chupam mais o “bubú”, ela se contem e nem sente falta.

Mas, se está em casa..... É a terceira guerra mundial!

Para começo de conversa, mal chegamos à escolinha para busca-la e a primeira pergunta é “cadê meu bubú”?

E aí, a escola fica a um quarteirão de nossa casa e ela já vem choramingando de lá até aqui.

Fui generosa ao dizer choramingando. Pois, os berros podem ser ouvidos a quilômetros de distância.

Melissa Dog é que está sofrendo com tudo isso.

Morre de saudades da Iasmin. E como faz parte do instinto de todo cachorro querer brincar quando o dono chega, se decepciona ao ver que Iasmin nem dá bola... Passa derrubando tudo e todos que estiverem pela frente, procurando a chupeta feito uma pessoa no auge da crise de abstinência e quando encontra... Ufaaaaaaaaa! Vai chupando, mastigando, apertando entre os soluços do choro sentindo.

Melissa fica inconsolável por não ter sua companheira de brincadeiras. E papai e eu, nos dividimos para tentar agradar as nossas filhas.

Não é fácil não viu!

Como nossa pequena está ansiosa, quanta insegurança e quantas birras com “B” maiúsculo de tão intensas que são.

Estamos literalmente em uma tática de guerra ou em uma partida de jogo:

Foto Revista Canguru BH

1 – Combinamos que o “bubú” é só para dormir. Empate! De fato não usa mais na escola, mas nos finais de semana e em casa ela ainda domina o jogo.

2 – Trocar as mamadeiras pelos copos de transição (Sim! Ainda temos a bendita mamadeira antes de dormir, no meio da madrugada e outra quando acorda) Empate de novo! Ou melhor, Iasmin tá nos passando a perna mesmo. Na escolinha tudo dá certo e em casa é sempre mais difícil...Afs!

3 – Tentar tirar a chupeta enquanto ela está dormindo? Gol de placa para ela! Acorda mil e quinhentas vezes na noite se perde o bendito “bubú” entre as cobertas e vai o papai ou a mãe ainda com os olhos fechados, achar o danado, colocar na boca dela e se jogar na cama sem ao menos perceber o que foi fazer, apenas para poder conseguir voltar a dormir novamente.

4- Pedir para tirar a chupeta ao falar. Enfim um gol nosso! Iasmin já sabe que não se deve falar com a boca cheia ou chupando o bico e sempre tira quando pedimos.

Placar final:
Iasmin 3 x Papai e Mamãe 1

Não vou considerar os empates já que as conquistas só acontecem na escola.

Aí, vem à pergunta que não quer calar: onde foi que errei?!

Kkkkkkkkkkkkkkkkk... Em tudo!

Mas, o segredo é não desanimar. Tudo são fases da vida que vão passar!

Respira, inspira e não pira!

Afinal, Pois é Sou Mãe!

Até o próximo post...


(Ah! Aceito dicas de mamães e papais que conseguiram se livrar do “bubú” com sucesso...heheheh)