Iasmin está prestes a completar três meses e nos últimos
dias, tivemos a tarefa de avaliar possíveis berçários para ela ficar após o
término de minha licença maternidade.
Sim, ela vai para o berçário!
“Você é doida?”
“Que dó!”
“Se eu não morasse longe, se eu não isso, se eu não
aquilo... olhava ela para você!” (é o que eu mais escuto por ai).
Desde a minha gestação eu estava decidida a deixá-la em um
berçário e desde então, tenho preparado o meu psicológico para tal, além de me
orientar muito a respeito.
Logo a nossa escolha não foi difícil.
Mas antes, como cada caso é um caso, a Iasmin não é igual ao
filho da vizinha, da amiga da amiga e cada criança é uma criança diferente, há
várias questões que devem ser levadas em consideração para que os pais decidam
o que fazer ao término da licença.
Não é difícil encontrar na internet e em livros a orientação
de pedagogos, psicólogos e afins sobre a “difícil” decisão de com quem deixar o
bebê ao término da licença.
Quanto antes você começar uma pesquisa, menor será o
sofrimento da escolha e da separação.
Há uma questão polemica no meio disso tudo: voltar ao
trabalho ou não? Mães que trabalham fora seriam mais felizes do que as donas de
casa?
Acho complicado opinar/julgar esta escolha, principalmente
porque ainda não comecei uma prática real (embora já esteja odiando a rotina
doméstica). Mas, de fato há pesquisas que mostram que conciliar a maternidade
com a vida profissional traz benefícios tanto para as mães quanto para os
filhos[1].
Seja qual for a escolha, faça aquela que lhe deixe feliz e
principalmente não condene a mãe que fizer uma escolha diferente a sua. Repito:
cada caso é um caso!
Voltando aos berçários, o que nos ajudou nessa decisão foi a
seguinte comparação:
1° - Babás
Babás vão muito além de nosso orçamento. Colocar alguém de
extrema confiança dentro de casa hoje em dia não é tão simples. É necessário
que se pesquise profundamente o histórico da profissional para se evitar
problemas futuros como furtos ou maus tratos. A vantagem é que uma vez
contratada, você teria alguém que seguiria a risca todas as regras e
recomendações impostas, tratando o seu filho com exclusividade, mas, não
substituindo o seu papel de mãe.
2° - Avós
Como vocês já sabem, nós moramos com a minha mãe e desde o
inicio, já estávamos decididos que com ela não deixaríamos a Iasmin. Conheço
vários casos em que a criança tem a avó como mãe e mães que se acomodam com tal
situação. Quando se dão conta do equivoco, acontece uma guerra familiar,
ocasionada, por exemplo, por conflitos de autoridade. Não há nada melhor do que
colo de vó e a convivência diária pode quebrar a magia deste vinculo. No nosso
caso, não queremos que minha mãe abra mão de sua rotina por conta da NETA.
Afinal educar é papel dos pais! Avós podem até complementar, mas, bom mesmo é
curtir os netos.
3° Berçários
Eis a nossa escolha! Primeiro por serem vários profissionais
treinados para tal. Segundo que o grande fluxo de pessoas tende a diminuir as
possibilidades de maus tratos, por exemplo. E terceiro que o convivo com outras
pessoas é fundamental para o desenvolvimento e socialização da criança. Porém,
a exposição a doenças virais é maior, e neste caso o acompanhamento pediátrico
é indispensável.
Mas atenção! Antes disso tudo a pesquisa também é de
fundamental importância. Indicações de amigos e conhecidos são imprescindíveis.
Conhecer o local, sua estrutura e localização também. A existência de um
contrato é fundamental para que direitos e deveres sejam resguardados.
E foi baseado em tudo isso que escolhemos e fizemos a
matricula da Iasmin em um berçário a um quarteirão de nossa casa (a avó pode
entrar em ação em alguma situação de emergência, até a nossa chegada),
recomendado até por pessoas que não sabiam de nossa busca, frequentado por
filhos de conhecidos, com contrato assinado e com uma ótima estrutura que permite
a permanência da nossa filha até o pré-escolar.
Estamos mais tranquilos e agora é aproveitar o um mês e meio
que me resta de licença maternidade, pois sei que apesar de toda antecipação e
preparação, ficar longe da minha pequena não vai ser nada fácil no primeiro
momento. Mas isso será cena dos próximos posts....até lá!
*Rúbia Lisboa
Fontes: Crescer, Bolsa de Mulher, Rede Mães de Minas, Isto É.
[1] A conclusão foi tomada após pesquisadores
acompanharem 1.364 mães durante os dez primeiros anos de vida de seus filhos
(Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos)
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