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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Game Over Licença Maternidade

Definitivamente a vida é uma questão de experiências...
Voltar ao batente está sendo mais doloroso do que deixar a pequena na escolinha.
Uma coisa é você estar a um quarteirão dela, outra é estar a quilômetros de distância.
Andar de BRT (novo projeto de mobilidade urbana em BH, no modelo Bus Rapid Transit) é assim, sei lá. Gastei a mesma uma hora de sempre, e não compreendi a matemática que diz que ele comporta 26 passageiros sentados e 51 em pé. No mínimo deveria ser ao contrário não?
As janelas que não abrem me deram um pouco de fobia. Sem contar que passar debaixo de um viaduto depois dos últimos acontecimentos, deixa seu coração batendo a 200 por hora (muito medo!).
Enquanto isso Iasmin segue na escolinha e, realmente parece que sentiu a separação. Na semana que antecedeu o meu retorno ao trabalho, sofreu com intestino preso e agora está “rouquiha da silva”. Não fazia ideia que bebês ficavam roucos e chorei junto com ela nas tentativas de fazer o 'cocô'. Agora ela está se recuperando, e se despede de mim com o mais lindo sorriso que prefiro acreditar que significa: “Vai com Deus mamãe. Eu estou bem. Tenha um ótimo dia no trabalho. Até mais tarde!”.
E assim você cai de paraquedas à antiga rotina. Antiga que virou totalmente desconhecida.
E tem que aprender de novo, tem que se acostumar novamente...
Sair da zona de conforto e seguir em frente mais uma vez.
Respira, inspira, não pira!

É A VIDA!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Chegou o dia de ir para a escolinha.

Estou a uma semana do término da minha licença maternidade e ontem começamos uma nova fase em nossas vidas: a adaptação da Iasmin na escolinha.

Comecei a trabalhar meu psicológico com bastante antecedência, pois, sei que este não é um período nada fácil para os pais.

Por mais que tenhamos pesquisado, visitado, pegado indicações daquela que julgamos ser a melhor escolinha para a nossa filha, tenho a convicção de que ninguém vai cuidar dela como nós. Mas, deixo estes pensamentos de lado e me apego aos benefícios desta nova etapa na vida dela.

Como a Iasmin ainda está muito novinha esta transição é mais tranquila. Pode estranhar um pouco como de fato aconteceu ontem quando ela acordou de seu cochilo, mas de regra, eles adoram qualquer novidade.

Pude observar ela com os demais coleguinhas ontem e hoje, ela simplesmente sorriu quando dei tchau e eu, fiquei com aquela vontade enorme de agarrá-la. Mas tive que me contentar com a despedida só do portão.

Sei que aos poucos ela vai percebendo como é gostosa esta nova vida e entendendo o que significa a escola, aonde ela vai se socializar, desenvolver a coordenação, aprender a lidar com tempo, espaço, lateralidade, percepção, desenvolver a linguagem, pensamento lógico, aprender músicas, fazer artes plásticas, além de outras artes, lidar com a diversidade e elevar sua auto-estima além de muitos outros aspectos. É claro que ela não quer nem saber que está desenvolvendo tudo isso, pra ela é pura brincadeira e é isso o mais divertido, desenvolver todos estes aspectos de forma lúdica e saudável.

Graças a Deus não estou com o sentimento de culpa por deixá-la, apenas com aquela saudade gostosa e curiosidade em saber o que a minha pequena anda aprontando por lá. 

Ontem ela retornou às gargalhadas, como se quisesse contar tudo que aconteceu. O que acalmou nossos corações, pois se tivesse sido uma experiência negativa com certeza ela não estaria tão ativa e sorridente.

Temos também a consciência que a educação familiar e escolar são complementares. Nós somos responsáveis pela formação do caráter e personalidade de nossa filha e a escola nos ajuda a perceber outras facetas nela que muitas vezes podem passar despercebidas em casa. Devemos caminhar lado a lado e sermos parceiros na educação dela.

Se passarmos a imagem de tranquilidade e segurança para a Iasmin a separação “doi” menos e ela perceberá mesmo tão pequena que aquilo é positivo. Precisamos deixa-la inventar, correr riscos, frustrar-se, ter tempo para brincar com outros e se encantar com a vida.

Como ainda estou em casa, posso acompanhar esta adaptação de perto, deixá-la em horários alternados e ir aumentando o tempo de permanência gradativamente.

Desta forma, na semana que vem poderei voltar ao trabalho com a consciência tranquila e a certeza de que minha filha está bem. Podendo me dedicar a minha vida profissional, na busca do sucesso, da mesma forma que busco ser uma boa mãe....

Cenas dos próximos posts!

*Rúbia Lisboa

Fontes: Guia do Bebê, Livros
Quem Ama Educa e Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Escolha do Berçário

Iasmin está prestes a completar três meses e nos últimos dias, tivemos a tarefa de avaliar possíveis berçários para ela ficar após o término de minha licença maternidade.

Sim, ela vai para o berçário!

“Você é doida?”

“Que dó!”

“Se eu não morasse longe, se eu não isso, se eu não aquilo... olhava ela para você!” (é o que eu mais escuto por ai).

Desde a minha gestação eu estava decidida a deixá-la em um berçário e desde então, tenho preparado o meu psicológico para tal, além de me orientar muito a respeito.

Logo a nossa escolha não foi difícil.

Mas antes, como cada caso é um caso, a Iasmin não é igual ao filho da vizinha, da amiga da amiga e cada criança é uma criança diferente, há várias questões que devem ser levadas em consideração para que os pais decidam o que fazer ao término da licença.

Não é difícil encontrar na internet e em livros a orientação de pedagogos, psicólogos e afins sobre a “difícil” decisão de com quem deixar o bebê ao término da licença.

Quanto antes você começar uma pesquisa, menor será o sofrimento da escolha e da separação.

Há uma questão polemica no meio disso tudo: voltar ao trabalho ou não? Mães que trabalham fora seriam mais felizes do que as donas de casa?

Acho complicado opinar/julgar esta escolha, principalmente porque ainda não comecei uma prática real (embora já esteja odiando a rotina doméstica). Mas, de fato há pesquisas que mostram que conciliar a maternidade com a vida profissional traz benefícios tanto para as mães quanto para os filhos[1].

Seja qual for a escolha, faça aquela que lhe deixe feliz e principalmente não condene a mãe que fizer uma escolha diferente a sua. Repito: cada caso é um caso!

Voltando aos berçários, o que nos ajudou nessa decisão foi a seguinte comparação:





1° - Babás

Babás vão muito além de nosso orçamento. Colocar alguém de extrema confiança dentro de casa hoje em dia não é tão simples. É necessário que se pesquise profundamente o histórico da profissional para se evitar problemas futuros como furtos ou maus tratos. A vantagem é que uma vez contratada, você teria alguém que seguiria a risca todas as regras e recomendações impostas, tratando o seu filho com exclusividade, mas, não substituindo o seu papel de mãe.

2° - Avós

Como vocês já sabem, nós moramos com a minha mãe e desde o inicio, já estávamos decididos que com ela não deixaríamos a Iasmin. Conheço vários casos em que a criança tem a avó como mãe e mães que se acomodam com tal situação. Quando se dão conta do equivoco, acontece uma guerra familiar, ocasionada, por exemplo, por conflitos de autoridade. Não há nada melhor do que colo de vó e a convivência diária pode quebrar a magia deste vinculo. No nosso caso, não queremos que minha mãe abra mão de sua rotina por conta da NETA. Afinal educar é papel dos pais! Avós podem até complementar, mas, bom mesmo é curtir os netos.

3° Berçários

Eis a nossa escolha! Primeiro por serem vários profissionais treinados para tal. Segundo que o grande fluxo de pessoas tende a diminuir as possibilidades de maus tratos, por exemplo. E terceiro que o convivo com outras pessoas é fundamental para o desenvolvimento e socialização da criança. Porém, a exposição a doenças virais é maior, e neste caso o acompanhamento pediátrico é indispensável.

Mas atenção! Antes disso tudo a pesquisa também é de fundamental importância. Indicações de amigos e conhecidos são imprescindíveis. Conhecer o local, sua estrutura e localização também. A existência de um contrato é fundamental para que direitos e deveres sejam resguardados.

E foi baseado em tudo isso que escolhemos e fizemos a matricula da Iasmin em um berçário a um quarteirão de nossa casa (a avó pode entrar em ação em alguma situação de emergência, até a nossa chegada), recomendado até por pessoas que não sabiam de nossa busca, frequentado por filhos de conhecidos, com contrato assinado e com uma ótima estrutura que permite a permanência da nossa filha até o pré-escolar.

Estamos mais tranquilos e agora é aproveitar o um mês e meio que me resta de licença maternidade, pois sei que apesar de toda antecipação e preparação, ficar longe da minha pequena não vai ser nada fácil no primeiro momento. Mas isso será cena dos próximos posts....até lá!




*Rúbia Lisboa

[1]  A conclusão foi tomada após pesquisadores acompanharem 1.364 mães durante os dez primeiros anos de vida de seus filhos (Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos)