As férias passaram tão rápidas quem nem postei nada no blog. Já voltei ao batente, Iasmin já está de volta à escolinha e a vida segue outra vez.
Nossa como o tempo voa!
Minha pequena já está engatinhando, está levada da breca, fica em pé sozinha, já tem dois dentinhos, em breve vai andar e daqui dois meses, meu Deus dois meses, fará um aninho!
Se você quer ver o tempo correr torne-se mãe!
Eu confesso que estou um pouco assustada com a velocidade que as coisas estão acontecendo e já entrei em contradição em um monte de teorias que postei aqui no blog.
Na prática é bem diferente....
Mas na verdade, nunca mais tive “tesão” por compras pessoais. Sempre que vou ao shopping olho apenas as vitrines infantis e me esqueço da Rúbia mulher, Rúbia esposa. Só compro algo pessoal se está relacionando à Iasmin. Por exemplo: chegou o batizado, preciso de uma roupa nova!
Hoje, 10 meses depois da chegada dela, que me dei de presente duas sapatilhas que estavam na promoção e de tanto minha mãe falar que estou com sapatos horríveis, que meu marido não deixou de comprar as coisas dele, enquanto eu ando um molambo. Afs!
Eu sei! Falei que não tínhamos que deixar de se cuidar da gente, que mulher feia é falta de maquiagem e blá blá blá...Mas não sei o que acontece! Quero aproveitar ao máximo cada minuto com a minha pequena que simplesmente esqueço-me do resto e de mim.
Compartilhei um texto recentemente na fanpage do blog que fala exatamente sobre isso. É de uma mãe contando para a filha o que é ser mãe. E o trecho abaixo foi o que mais me tocou:
“Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida — não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.”
E é bem isso que sinto: hoje sou uma Rúbia totalmente diferente de um ano atrás. Tudo que eu faço, penso, sinto é relacionado à Iasmin. Passei a ter muito mais medo da morte porque quero ver a minha filha crescer. Antes era inconsequente agora, até para atravessar a rua tomo mais cuidado. Resfriado então? Nem pensar! Mãe não tem o direito de ficar doente.
A mais engraçada das minhas mudanças radicais é que dizia convicta que festa de um aninho é bobagem. Que a criança não aproveita nada, nem vai se lembrar depois....e agora não sonho com outra coisa (cenas dos próximos posts).
Mudei também profissionalmente, é pois é! Não em termos de falta de profissionalismo, responsabilidade e comprometimento. Inclusive já trabalho bem perto de casa e isso é um bom começo. Mas mesmo assim, busco mais. Ainda anseio por conseguir conciliar melhor a maternidade com a profissão e o meu horário ainda não me permite isso.
Agora o meu ponto de vista sobre mães que trabalham fora é que só vale a pena se você conseguir se dedicar ao seu filho (a) o mesmo tempo que se dedica ao trabalho. E hoje a sensação que tenho é que não estou conseguindo fazer isso com sucesso (outra contradição: dizia que não ia ficar me culpando, mas mães sempre se culpam).
O interessante é que convivo com várias mães com filhos de idades próximas a de Iasmin. Duas pediram demissão, outras duas preferiram a babá, e eu estou neste dilema pessoal: não quero tirar da escolinha, pois é gritante a diferença no desenvolvimento da minha pequena, e quero continuar a trabalhar desde que o tempo que eu fico fora de casa seja o mesmo em que ela esta na escola. Porém, querer nem sempre é poder e um dia vou ter que me decidir.
Tenho fé em Deus que vou conseguir. Do contrário, terei que colocar na balança até que ponto vale a pena curtir a minha filha somente nos finais de semana (e a resposta nós já sabemos).
Enfim as férias foram fundamentais para recuperar a energia e o tempo que fiquei longe da minha cria no final do ano. Foram importantes também para eu repensar que ser mãe não é algo que você aperta um botão e faz tudo no automático. Pelo contrário, exige paciência consigo mesma, dedicação total com seu filho e definitivamente nos transforma em novas mulheres.
Eu estou mudando da água para o vinho, mas, ainda não tenho noção de que mulher ou que mãe irei me tornar.
A única certeza que tenho é que quero viver cada minuto como se fosse o último com minha Iasmin, (jargão de mãe) que não sei o dia de amanhã e que o futuro só a Deus pertence.
Então, vamos viver o que 2015 reserva para a gente.
Abraços e até o próximo post.
*Rúbia Lisboa