sexta-feira, 29 de maio de 2015

Inclusão Escolar



A Lição da Érica foi tão fantástica que gerou grande repercussão entorno do tema Inclusão Escolar e resolvi aprofundar sobre o assunto.

Aqui no Brasil, foi na década de 90 que o ensino fundamental se fundiu com o regular. Visando a garantia da inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais ao universo da escola comum e reforçando o direto de todos à educação de qualidade.

Trata-se de um movimento que busca a reestruturação do sistema de ensino, como um todo, e também da própria sociedade visando atender a diversidade, seja ela racial, cultural, de gênero, e etc. 

Como citamos anteriormente, ''As escolas têm que esquecer a ideia de que o aluno tem que se adaptar a ela. Pelo contrário, elas devem tornar-se o meio mais favorável para o aluno, dando-lhe recursos para enfrentar desafios'' (Cláudia Werneck).

Portanto a “proposta pedagógica precisa buscar alternativas que possibilitem preparar pessoas com necessidades educativas especiais para exercer sua cidadania com dignidade, bem como sua inserção no mercado de trabalho” - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, nº 9.394/96 - art. 2º).

As dificuldades giram em torno da falta de conhecimento sobre as características do aluno com deficiência física que está sendo incluído nas escolas regulares para que se garanta não só acessibilidade física, mas todos os recursos e materiais pedagógicos necessários para o seu pleno desenvolvimento acadêmico e social.

É por estas e outras, que muitos familiares de alunos especiais ainda se queixam da falta de preparação dos educadores, dos ataques frequentes de bullying e preconceito dentro do ambiente escolar. E de fato, muitos professores julgam-se incapazes de dar conta dessa demanda, despreparados e impotentes frente a essa realidade que é agravada pela falta de apoio administrativo e recursos financeiros.
(Nem vou entrar no quesito salario do educador que no Brasil é uma vergonha).

Infelizmente a ignorância, negligencia, superstição, o medo e a desinformação a respeito das deficiências criam barreiras que impedem o sucesso total da inclusão escolar.

A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o desenvolvimento e a manutenção de um estado democrático. A inclusão é a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, que deve está preparada para o acolhimento a diversidade humana, a aceitação das diferenças individuais, do esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento com qualidade em todas as dimensões.

Cabe a cada um de nós compartilharmos todas as informações possíveis sobre o assunto, quebrando assim todas as barreiras equivocadas, além de brigarmos por maiores investimentos nas políticas públicas com intenção a efetivar a inclusão escolar, no sentido de garantir o direito à educação de qualidade para todas as pessoas.

Temos que aprender a levar em conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações, além de acreditar que mudanças são possíveis e que todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade na transformação dos atuais sistemas de ensino.

Se cada um fizer a sua parte através de simples atitudes como a da pequena Érica, sem sombra de dúvidas a inclusão surtirá um maior e melhor efeito.

Até o próximo post.

Leia também:

Fontes:

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Lição de Erica. By Mamãe Cristiane Frotscher


Prefácio de Rúbia Lisboa:

Há muito tempo eu não via uma boa história para contar. Todos sabem o quanto sou apaixonada por relatos da vida como ela é, mas, desde que passei a trabalhar perto de casa os meus “causos do buzão” e afins diminuíram bastante.

Ontem à noite fui surpreendida por uma simples história, mas tão rica em sua magnitude que me causou arrepios múltiplos e muita emoção.

A Cristiane Frotscher mãe da princesa Erica de oito anos postou o relato da filha em uma situação de preconceito na escolinha.

Não só eu, mas todos que tiveram a honra de ler o post dela ficamos encantados com a reação da pequena e histórias como estas devem ser repassadas para servirem de exemplo do que é uma educação de verdade e qualidade.

Nós pais temos a difícil tarefa de ensinarmos aos nossos filhos o respeito às diferenças, a caridade, a igualdade e a fé. Sentimentos que cada vez mais são deixados de lado em um mundo tão individualista e egoísta.

A mamãe Cris e toda a família da Erica estão de parabéns.

Se todas as crianças crescerem com estes ensinamentos com certeza teremos um mundo melhor.

Agradeço por me deixarem compartilhar e farei questão de contar esta história para a Iasmin todos os dias para que ela também aprenda a Lição de Erica...



domingo, 24 de maio de 2015

Vão brincar?

Para amenizar minha frustração relatada no post anterior, tive que soltar a imaginação e buscar atrações para entreter a Iasmin, desde que fossem mais econômicas e em casa.

Em parceria com o maridão, mudamos o layout de nossa sala (não ficou muito belo, mas a prioridade era a diversão da pequena) e criamos um espaço para brincar só dela. Passamos uma tarde de sábado em família bastante animada. E se pensarmos bem, isso vale muito mais do que qualquer espetáculo em cartaz.

O fato de trabalharmos fora, o medo da falta de segurança, e as novas tecnologias afetam e muito no modo de brincar das crianças de hoje.

A falta de um espaço para brincar faz com que as crianças fiquem privadas de situações de vida ricas e estimulantes que promovem seu desenvolvimento. A presença dos pais, avós ou tios podem estimular a imaginação, despertando ideias, questionando-as e incentivando para que elas mesmas encontrem as soluções para os problemas que possam surgir.

Pode ser um lado da sala, o antigo quarto de bebê ou até uma varanda. O que criança precisa é de um canto para chamar de seu e para deixar a imaginação rolar solta durante o tempo livre.

Assim fizemos no cantinho da nossa sala que agora é mais da Iasmin do que nossa, espalhamos seus brinquedos favoritos, jogos e livros, cobrimos com tapete emborrachado, pois, mesmo ela andando o equilíbrio ainda precisa ser trabalhado e a deixamos lá à vontade. Outra vantagem é que a TV está perto com os personagens que ela mais gosta à disposição. E assim, a diversão foi garantida.

Ter um espaço lúdico é oferecer um espaço específico para estimular a criança a aprender brincando. É nesses momentos de diversão que elas aprender a conviver, ganhar e perder, esperar sua vez, além de desenvolver seus primeiros contextos de pensamento e linguagem e demonstrar sua forma de lidar com o mundo.

À medida que Iasmin for crescendo, a dica é dividir o local em categorias como: cantinho da leitura, jogos de montar, papeis e lápis para pintar e desenhar, cantinhos para carrinhos, bonecas, entre outros.

Na idade que ela está, os brinquedos devem ser voltados para a estimulação sensorial. Demos preferência aos coloridos, com sons e diferentes texturas que estimulam os sentidos visão, audição e tato. Móbiles grandes, que tocam música e fazem movimento estimulam a coordenação visual e motora. Ainda para atender a esta faixa etária, existe no mercado giz de cera para crianças a partir de 18 meses, que são mais grossos para facilitar o manuseio (já quero comprar!).

Brincar faz parte da infância e, embora pareça só diversão, é o momento em que a criança está se desenvolvendo. Então, cabe a nós adultos deixar este momento ainda mais mágico e encantador para que a criança aproveite ao máximo.

Através da brincadeira, os pequeninos ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação. A brincadeira é uma das formas encontradas para expressar sentimentos e desejos e se quanto mais participarmos juntos mais reforçamos os nossos laços afetivos.

Por fim outra vantagem em ter ou criar um espaço para brincar em casa, é que ele pode render fotos maravilhosas de um momento tão divertido com o seu filho. E o resultado, compartilho com vocês agora.

Então, já que ainda não deu para levar a Iasmin em um espetáculo fora, que a nossa casa seja o palco mais divertido para a nossa princesa.

“A brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo-da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo... A criança que brinca sempre, com determinação auto-ativa, perseverança, esquecendo sua fadiga física, pode certamente torna-se um homem determinado, capaz de autosacrifício para a promoção do seu bem e de outros... Como sempre indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação (Froebel, 1912c, p.55).”

Boa diversão!
















Fotos de Rúbia Lisboa
Fontes:
FROEBEL, Friedrich. The education of man.
Trad. Hailmann, W.N. Nova York:
D. Appleton, 1912c, 1887.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Minuto desabafo!

Hoje quero registrar a minha indignação com os eventos infantis.

Há alguns meses venho pesquisando programações para levar a minha pequena e me deparo com preços assustadores.

Não somente para os pais, mas também para os baixinhos.

Vivemos um período em que a infância está sendo destruída pela pelos meios de comunicação de massa, músicas inadequadas e o avanço assustador da tecnologia e internet.

Com quantos posts de nostalgia nos deparamos todos os dias comparando a nossa infância com a atual?

Sim! Eu pulava amarelinha, brincava de elástico era apaixonada pelas princesas, que agora viraram dançarinas de funk, foram substituídas pelos aplicativos de celular e não esperam mais pelo príncipe encantado.

Quando enfim descubro um espetáculo de um desenho que faz sucesso com a criançada sou surpreendida por R$50, R$60, R$80 e até R$118 na compra do ingresso (ou mais!).

Como fica a família com quatro crianças que por algum motivo não se enquadram nos critérios para pagarem à meia?

E mesmo assim, ainda considero um absurdo o valor da meia-entrada quando estamos falando de espetáculos para crianças.

Eventos tão bacanas que ficam restringidos a uma elite minoritária.

É lamentável!

Por atrações infantis mais baratas!

#Euqueroir





*Fotos de divulgação,retiradas em sites de busca.