Para amenizar minha frustração relatada no post anterior, tive que soltar a imaginação e buscar atrações para entreter a Iasmin, desde que fossem mais econômicas e em casa.
Em parceria com o maridão, mudamos o layout de nossa sala (não ficou muito belo, mas a prioridade era a diversão da pequena) e criamos um espaço para brincar só dela. Passamos uma tarde de sábado em família bastante animada. E se pensarmos bem, isso vale muito mais do que qualquer espetáculo em cartaz.
O fato de trabalharmos fora, o medo da falta de segurança, e as novas tecnologias afetam e muito no modo de brincar das crianças de hoje.
A falta de um espaço para brincar faz com que as crianças fiquem privadas de situações de vida ricas e estimulantes que promovem seu desenvolvimento. A presença dos pais, avós ou tios podem estimular a imaginação, despertando ideias, questionando-as e incentivando para que elas mesmas encontrem as soluções para os problemas que possam surgir.
Pode ser um lado da sala, o antigo quarto de bebê ou até uma varanda. O que criança precisa é de um canto para chamar de seu e para deixar a imaginação rolar solta durante o tempo livre.
Assim fizemos no cantinho da nossa sala que agora é mais da Iasmin do que nossa, espalhamos seus brinquedos favoritos, jogos e livros, cobrimos com tapete emborrachado, pois, mesmo ela andando o equilíbrio ainda precisa ser trabalhado e a deixamos lá à vontade. Outra vantagem é que a TV está perto com os personagens que ela mais gosta à disposição. E assim, a diversão foi garantida.
Ter um espaço lúdico é oferecer um espaço específico para estimular a criança a aprender brincando. É nesses momentos de diversão que elas aprender a conviver, ganhar e perder, esperar sua vez, além de desenvolver seus primeiros contextos de pensamento e linguagem e demonstrar sua forma de lidar com o mundo.
À medida que Iasmin for crescendo, a dica é dividir o local em categorias como: cantinho da leitura, jogos de montar, papeis e lápis para pintar e desenhar, cantinhos para carrinhos, bonecas, entre outros.
Na idade que ela está, os brinquedos devem ser voltados para a estimulação sensorial. Demos preferência aos coloridos, com sons e diferentes texturas que estimulam os sentidos visão, audição e tato. Móbiles grandes, que tocam música e fazem movimento estimulam a coordenação visual e motora. Ainda para atender a esta faixa etária, existe no mercado giz de cera para crianças a partir de 18 meses, que são mais grossos para facilitar o manuseio (já quero comprar!).
Brincar faz parte da infância e, embora pareça só diversão, é o momento em que a criança está se desenvolvendo. Então, cabe a nós adultos deixar este momento ainda mais mágico e encantador para que a criança aproveite ao máximo.
Através da brincadeira, os pequeninos ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação. A brincadeira é uma das formas encontradas para expressar sentimentos e desejos e se quanto mais participarmos juntos mais reforçamos os nossos laços afetivos.
Por fim outra vantagem em ter ou criar um espaço para brincar em casa, é que ele pode render fotos maravilhosas de um momento tão divertido com o seu filho. E o resultado, compartilho com vocês agora.
Então, já que ainda não deu para levar a Iasmin em um espetáculo fora, que a nossa casa seja o palco mais divertido para a nossa princesa.
“A brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo-da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo... A criança que brinca sempre, com determinação auto-ativa, perseverança, esquecendo sua fadiga física, pode certamente torna-se um homem determinado, capaz de autosacrifício para a promoção do seu bem e de outros... Como sempre indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação (Froebel, 1912c, p.55).”
Boa diversão!
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