Achei que não ia dar tempo de fazer a última postagem do
ano.
Tempo! Palavra que ficou bastante valiosa nestes meus
últimos meses de 2014.
A prova é o quanto caiu a frequência das minhas postagens
aqui no blog.
Confesso que ainda estou me adaptando a nova vida, e a falta
de um “mãenual” de instruções faz com que marinheiras de primeira viagem como
eu batam muito a cabeça.
Iasmin foi e é sem sobra de dúvidas a minha maior conquista
do ano que se encerra hoje.
Conciliar a maternidade com essa nossa vida agitada não
é uma tarefa para os fracos e ser forte é que eu tenho aprendido dia após dia
desde a chegada dela.
Os últimos meses exigiram de mim um esforço inenarrável.
Minha vida profissional e pessoal deu uma reviravolta que ainda não sei qual
será o desfecho e apenas 2015 poderá me dizer.
O cansaço físico e emocional estão estampados no meu rosto e
apenas o sorriso da minha pequena é capaz de recuperar a minha energia.
Hoje não poderia ser diferente, e o último dia do ano se
resume no maior susto que tive com minha Iasmin até então.
2015 chegará junto com os nove meses dela, e ela está na
fase de explorar o mundão que lhe cerca. Ninguém segura à levada da breca.
Acabei de dar banho nela como de costume e a coloquei no
meio da cama cercada por travesseiros. Dei três passos para pegar uma calcinha
e o lacinho de cabelo e um estrondo me doeu no fundo da alma.
Iasmin caiu da minha cama, uma Box muito alta. Não vi o que
ela bateu ou de que forma foi. Apenas a peguei do chão com o coração disparado e olhava
seu corpinho na busca de algum machucado.
Ela chorava sem parar, a entreguei para minha mãe e fui logo
trocando de roupa e preparando a bolsa para correr para o hospital, enquanto ela
simplesmente dormiu.
Dizem que não pode dormir após a queda, mas foi o seu sono que me fez manter a calma e entrar na internet antes de sair feito uma louca
pela rua.
De fato, não há perigo em dormir desde que seja
supervisionado e a criança acorde normalmente. Verifiquei se não havia nenhuma
lesão e como estava a cabecinha dela. Até o momento, graças a Deus, nenhum “galo”
ou hematoma apareceu.
Enfim, depois de uns vinte minutinhos ela acordou com o
sorriso mais lindo do mundo. Fazendo arte e querendo se jogar no chão outra
vez. E eu?
Chorei muito, de soluçar. Choro entalado a meses, choro de
alivio, choro de frustação, de sensação de culpa, de mãe que falhou pela
primeira vez e não cuidou corretamente de filha.
Quanto mais ela sorria, mais eu chorava.
Sei que tenho que observá-la nas próximas 24 horas. Mas Deus
é mais e ela não terá nada de grave.
Pelo contrário, caiu para me dar uma lição de moral no último
dia do ano: que a vida é feita de tombos e a diferença está em saber superá-los
sorrindo. Cair quantas vezes for necessário, mas levantar e seguir em frente sem perder a alegria de viver e ciente que
cairás outras vezes.
Para criança então? Cair faz parte do seu desenvolvimento e
depois que passa vira motivo de gargalhada.
Eu precisava disso neste ultimo dia. Estou em um momento que
preciso aprender a rir dos meus próprios tombos. Não ficar segurando choro, mas
chorar quando der vontade e principalmente sorrir depois que as lágrimas secarem.
Minha tão pequena filha me ensinou isso hoje e, estou
aprendendo mais com ela do que ela comigo.
Agora ela dorme outra vez (mas estou de olho). Nem deve se lembrar
mais do que aconteceu, não é como nós adultos que ficamos remoendo aquilo que
nos machucou.
Vai acordar com o mesmo sorriso no rosto, doida para
aprontar outra vez. Afinal vem ai um ano inteirinho para ela cair muito ainda. E
assim encerramos e desejamos um feliz Ano Novo, com quedas, mas, principalmente com
força de vontade para levantar e continuar, sem perder o sorriso.
É o que eu preciso para mim, é o que desejamos para vocês. E
que venha 2015!
Até o próximo post, até o ano que vem.
Foto pessoal
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