Antes mesmo de sermos mães e pais ou criar uma criança,
acredito que devemos estar antenados à sociedade em que vivemos. Afinal, os
nossos filhos irão colher aquilo que deixarmos para eles.
Temos a obrigação sim de discutirmos sobre politica, globalização,
mídia, drogas, violência e todos os assuntos que cercam o nosso dia a dia.
Expressar a nossa opinião é o primeiro passo para não sermos
oprimidos pelo governo ou qualquer outra forma de poder.
Para nós brasileiros, 2014 será um ano propício para tal. Copa
e eleições são os holofotes que precisávamos para que pelo menos a liberdade de
expressão tenha o seu apogeu e quem sabe assim, não sejamos ouvidos.
Então, aqui no blog, teremos momentos para falarmos o que
quisermos sobre estes acontecimentos.
Ano passado tive o prazer de participar das manifestações
que marcaram o País em junho e julho, sem saber que já carregava a Iasmin
dentro de mim. Este ano não vou levá-la, apenas pelo fato dela estar muito
pequenina. Mas, só de não me calar a respeito, acho que já estou fazendo a
minha parte para termos um futuro melhor.
Começo pelo o primeiro grande ato reivindicatório que
aconteceu em Belo Horizonte nos últimos dias: A greve dos Transportes Coletivos!
Estou lendo a repercussão
da greve dos ônibus nas redes sociais e jornais.
Os “buzão” sempre
foram assunto de destaque na minha vida, já que comecei a encará-los aos 12
anos para ir para a escola.
Definitivamente
tenho muita história para contar a respeito destes 16 anos de aventura.
Aventura! Esta é a palavra perfeita para resumir um
elemento fundamental na vida de nós brasileiros.
O meu lamento e ver que praticamente nada mudou ao
longo de uma década, ou melhor, quase duas décadas...e eu não ter comprado um
carro ainda (pausa depressão!).
Mas ter um carro seria a solução?
Hoje não fui trabalhar! Mesmo sabendo que a frota
roda em escala mínima, não ousei ficar duas horas ou mais no trânsito em
condições insalubres, uma vez que tenho uma “pessoinha” de 8 meses dentro de
mim que ainda não está preparada para sobreviver ao caos urbano.
Voltando aos carros particulares, todos tiraram os
seus possantes das garagens para irem sozinhos e egoístas até seus locais de
trabalho e o trânsito parou de vez!
Não é novidade que a cidade não comporta o número
de carros e que o crescimento acelerado e desorganizado aumenta os transtornos
comprovando que ter um automóvel não é a solução.
Transporte público de qualidade é um anseio que
pelo menos eu acompanho há quase 20 anos.
É uma novela sem fim.
E cá pra nós, a ocasião é perfeita para protestar e
paralisar quantas vezes forem necessárias. Quem sabe assim (ano de Copa) as
nossas lamentações possam ser ouvidas por alguém no poder.
Caso não sejam, sinto muito, mas que atirem a
primeira pedra! Afinal, estamos de “saco” cheio!
Não podemos culpar os trocadores e motoristas. As
empresas privadas que tiverem condições, dão alternativas de transporte para os
seus funcionários, e assim vamos levando (ou ficando presos dentro de casa).
Fico na utopia da minha filha ter um futuro melhor.
Não sou a favor da violência, mas definitivamente, da forma que está não da
para continuar.
Que façamos das urnas a nossa maior arma e
esperança.
Do contrário, ano que vem acontecerá tudo outra
vez... e não adianta reclamar!
Rúbia Lisboa
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