quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Refletindo sobre as redes sociais

Pode parecer contraditório:
Resolvo fazer um blog que de certa forma vai expor a minha vida e de minha filha e ao mesmo tempo critico determinadas atitudes que observo nas redes sociais.
Explico: Gosto de escrever, independente do assunto. Fui garota de diário desde os nove anos de idade e (se não contei antes) me formei em Jornalismo, há alguns anos atrás (embora nunca tenha exercido a profissão e esteja 100% enferrujada).
Até então, usava o facebook para expressar a minha opinião sobre tudo que acontecia ao meu redor e agora com a chegada da Iasmin, tenho feito isso com bastante frequência.
Já que ser mãe (ainda mais de primeira viagem) tem sido uma aventura única, por que não compartilhar o assunto?
Não é inovador, mas, não guardo meus escritos só para mim.
Voltando as redes sociais, já li várias críticas a pais que expõem os filhos na rede e sobre atitudes/posts desnecessárias (os) que muitas vezes tomamos sem perceber.
Então, acho que vale a pena refletirmos sobre o assunto, manter o alerta ligado e, o bom senso resume a questão:




Nos últimos dias li algumas crônicas sobre o uso equivocado do Facebook. Deparei com postagens de amigos que também refletiam sobre o assunto e curti.

Passei a observar e realmente: quanto mais curtidas e comentários você tiver maior o seu valor perante a “sociedade virtual”. 

Não há nenhuma novidade em minha opinião, mas é engraçado quando se sabe que a vida real da pessoa é exatamente oposta à vida “Facebookiana” – que demonstra ser um verdadeiro conto de fadas – com 1.000 amigos, 500 curtidas, fotos e mais fotos de festas e baladas todo santo final de semana, enquanto o dinheiro é sempre emprestado, o aluguel está atrasado, a comida está faltando na mesa, à saúde aperta e a fila do SUS é a solução.
Pode-se entender que o Facebook se torna uma tentativa de suprir os anseios da vida sonhada comparada a vida real. Sem contar que é uma arma poderosa de afronta, indiretas (o que faz a sinceridade faltar no mercado – quem nunca postou que atire a primeira pedra) e principalmente de cultivo ao ciúme e a inveja.
Se você faz um post direcionado a determinados amigos, os que não foram citados lhe declaram a 3ª guerra mundial. O nível de carência virtual é assustador, consciência pesada então, nem se fala! Pois, sempre há aquele João ou Maria que acha que tudo que você posta é para ele ou ela. (já comentei sobre isso em outras ocasiões)
Enfim, o divã chamado Facebook às vezes me assusta. Sou viciada e não nego, mas, com o tempo passei a notar mais essa onda de inversão de valores e as configurações de privacidade tem me saído como boas aliadas. Exclusões e bloqueios são bem vindos, pois, é neste momento hilário que as mascaras caem e você não precisa ficar o resto da vida alimentando falsos sorrisos. (Adoro!E olha que ainda não tomei a iniciativa nestes casos.)
Vejo apenas o que quero ver, e me deixo ser vista somente por aqueles que considero convenientes, e mesmo assim, dependendo das circunstâncias. 
Afinal; para que os 500 “likes” se os verdadeiros e que de fato estão com você no seu dia a dia, não enchem uma mão??????? Doses cavalares de Facebook passam longe de ser a solução ou caminho para a vida perfeita e felicidade eterna.
É isso....
Rúbia Lisboa

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