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No último sábado participei da palestra TDAH- Mitos e Verdades, realizada pela revista Canguru BH.
Confesso que sabia muito pouco a respeito e fiquei impressionada com a importância de discussões referente ao assunto para nós pais e educadores.
Vou tentar compartilhar com vocês um pouco do que aprendi:
O TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – é um distúrbio neuropsiquiátrico mais comum na infância e costuma ocorrer em 1 a cada 20 pessoas.
Seu conjunto de sintomas já são descritos desde o século 18 e é uma doença reconhecida que possui mais de 10 mil artigos científicos publicados a respeito.
Vale ressaltar que o TDAH não está ligado ao excesso de estímulos da vida moderna e pode ter forte influência dos componentes genéticos.
Dificuldades para sentar por um longo período, prestar atenção em algo e controlar os impulsos são alguns dos sintomas deste transtorno que somente em 2012 já tinha o registro de 924.732 portadores.
Pelo fato dos meninos serem mais hiperativos o diagnóstico é dado mais rapidamente comparado às meninas que tendem a ser mais desatentas.
Pais que possuem filhos com TDAH, acalmem seus corações!
A culpa não é de vocês e este transtorno “é uma exacerbação de características que toda criança tem’ – Paulo Mattos.
O comportamento deve ser observado desde pequeno: memória ruim, adiamento de uma ação, falta
de persistência, baixa tolerância a situações monótonas e repetitivas, perda frequente de objetos, esquecimento de compromissos, dentre outros.
Pelo menos seis destas e outras características devem aparecer antes dos 12 anos em dois ou mais ambientes diferentes a modo de interferirem no comportamento social, acadêmico ou ocupacional.
O TDAH não está sozinho!
Por exemplo, 10% dos homens com TDAH têm dislexia, transtorno de ansiedade, transtornos de humor ou de tique.
- Reprovação;
- Abandono escolar;
- Desemprego;
- Divórcio;
- Acidentes automobilísticos;
- Depressão;
- Ansiedade;
- E até dependência de drogas.
Os sintomas não desaparecem espontaneamente ao final da adolescência e há 3 classes de medicamentos no Brasil.
Apesar de ser polêmico o uso ou não do medicamento, ele possui efeito rápido ao contrário de outros remédios psiquiátricos e é eficaz em 80% dos casos. Não causa dependência e não diminui o crescimento.
O não uso pode permitir que consequências secundárias aconteçam, como o uso de álcool e drogas além de constrangimentos que podem marcar negativamente o resto da vida de uma pessoa.
Infelizmente ainda falta uma maior eficácia de políticas nas escolas para trabalharem com a situação. Porém, a lei resguarda que alunos com TDAH sejam atendidos.
O tratamento varia entre a terapia medicamentosa, terapia cognitiva comportamental, orientação escolar, quando necessário acompanhamento com fonoaudiólogo e assim por diante.
Os testes de diagnóstico são realizados a partir dos 6 anos de idade e não devemos confundir com autismo que pode ser diagnosticado antes.
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