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Como vocês já sabem, as segundas e terças são meus dias de glória pois, consigo trabalhar em horário comercial e ficar mais tempo com a Iasmin.
Na última terça-feira não foi diferente. Cheguei em casa a tempo de pegá-la acordada, fizemos a maior bagunça, brincamos, rimos e cantamos até que de repente: pá!
Ela me deu um tapa na cara do nada.
Não fiquei brava, não revidei e comecei a explicar em um tom bem pausado e amigável que aquilo não se faz, que é feio e o certo é fazer carinho nas pessoas.
Fui conversando tranquilamente e de novo: pá!
Ela deu outro.
O papai que estava do lado, disse firmemente que se ela fizesse novamente, pegaria o chinelo.
Ela encolheu, baixou os olhinhos e ficou assim, sem dizer uma palavra por longos minutos.
Estou preparada para receber as críticas (afinal este é preço que pagamos pela exposição) e foi o que aconteceu antes mesmo de vir aqui contar para vocês. Minha mãe que não viu a cena do princípio chegou e encontrou a Iasmin cabisbaixa.
Foi um caos!
Perguntou o que tinha acontecido, o que tínhamos feito com a menina, chamava a Iasmin para brincar e ela continuava feito uma estátua olhando para baixo.
Não chorou em nenhum momento, mas, se isolou.
Minha vontade era de pegar ela nos braços e tenho certeza que a do papai também.
Ao mesmo tempo algo nos dizia que não podíamos amolecer em um momento de correção (ainda não sei se o que fizemos era uma correção).
Não podíamos voltar atrás. Já bastava a avó ali que nas tentativas de adular tirava a nossa “moral” (se é que posso chamar assim) de pais.
Foram os minutos mais longos e apreensivos da minha vida no que diz respeito à criação e educação da Iasmin neste um ano e meio.
Por fim, me rendi e fui abraça-la e para despedaçar o meu coração ela se esquivou e disse não.
Me matei naquele momento.
Senti a pior mãe do mundo, achei que já tinha traumatizado a menina para o resto da vida (mãe marinheira de primeira viagem é dramática né?!).
Mas, ao mesmo tempo não entendia, pois, acreditávamos não ter feito nada demais. Conversamos, não batemos.
Já assumi aqui que dei umas palmadinhas nela e nem nesta ocasião ela reagiu desta maneira (pelo contrário ria da minha cara).
Dizem que palavras machucam mais do que determinadas atitudes, mas, não acho que tenhamos sido duros em excesso (vai saber!).
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Meu Deus...como é difícil educar!
Já li diversos artigos a respeito. Alguns dizem que devemos ser duros, não podemos deixar que isso aconteça com frequência e perderemos o controle. Outros dizem que é uma questão de fase, passageira e assim vai.
Mas na pratica, você não lembra da teoria. Faz aquilo que acredita ser certo no momento e depois fica questionando se foi a melhor atitude ou não.
Eu ainda me pergunto e não encontrei uma resposta.
Depois de quase meia hora ela foi amolecendo e fazendo as pazes conosco. Peguei um livro e lhe contei uma história. Ela interagiu com os personagens, riu um pouquinho e adormeceu.
Eu custei a pegar no sono né?!
O papai não se pronunciou mais (acho que ficou na mesma dúvida cruel também e nem respondeu meus comentários sobre o fato).
No dia seguinte ainda encarei o interrogatório da minha mãe que não acreditava que não havia acontecido “nada”. Disse que até sonhou de tanto dó que ficou da Iasmin por ela se mostrar tão sentida.
Enfim, de fato passou. No dia seguinte ela acordou alegre e levada da breca como sempre.
Graças a Deus não aconteceu de novo e se acontecer não sei como vou agir.
Não sou especialista, não sou mãe perfeita e sim, sinto culpa.
O consolo (se é que há algum) é que ser mãe é um aprendizado constante.
É, fico triste quando lembro...
Mas, vai passar!
Até o próximo post.
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