quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Pois é: Sou mãe! Estou ligada no mundo que vou deixar para o meu filho (a)?

Antes mesmo de sermos mães e pais ou criar uma criança, acredito que devemos estar antenados à sociedade em que vivemos. Afinal, os nossos filhos irão colher aquilo que deixarmos para eles.
Temos a obrigação sim de discutirmos sobre politica, globalização, mídia, drogas, violência e todos os assuntos que cercam o nosso dia a dia.
Expressar a nossa opinião é o primeiro passo para não sermos oprimidos pelo governo ou qualquer outra forma de poder.
Para nós brasileiros, 2014 será um ano propício para tal. Copa e eleições são os holofotes que precisávamos para que pelo menos a liberdade de expressão tenha o seu apogeu e quem sabe assim, não sejamos ouvidos.
Então, aqui no blog, teremos momentos para falarmos o que quisermos sobre estes acontecimentos.
Ano passado tive o prazer de participar das manifestações que marcaram o País em junho e julho, sem saber que já carregava a Iasmin dentro de mim. Este ano não vou levá-la, apenas pelo fato dela estar muito pequenina. Mas, só de não me calar a respeito, acho que já estou fazendo a minha parte para termos um futuro melhor.
Começo pelo o primeiro grande ato reivindicatório que aconteceu em Belo Horizonte nos últimos dias: A greve dos Transportes Coletivos!



Estou lendo a repercussão da greve dos ônibus nas redes sociais e jornais.
Os “buzão” sempre foram assunto de destaque na minha vida, já que comecei a encará-los aos 12 anos para ir para a escola.

Definitivamente tenho muita história para contar a respeito destes 16 anos de aventura.
Aventura! Esta é a palavra perfeita para resumir um elemento fundamental na vida de nós brasileiros.
O meu lamento e ver que praticamente nada mudou ao longo de uma década, ou melhor, quase duas décadas...e eu não ter comprado um carro ainda (pausa depressão!).
Mas ter um carro seria a solução?
Hoje não fui trabalhar! Mesmo sabendo que a frota roda em escala mínima, não ousei ficar duas horas ou mais no trânsito em condições insalubres, uma vez que tenho uma “pessoinha” de 8 meses dentro de mim que ainda não está preparada para sobreviver ao caos urbano.
Voltando aos carros particulares, todos tiraram os seus possantes das garagens para irem sozinhos e egoístas até seus locais de trabalho e o trânsito parou de vez!
Não é novidade que a cidade não comporta o número de carros e que o crescimento acelerado e desorganizado aumenta os transtornos comprovando que ter um automóvel não é a solução.
Transporte público de qualidade é um anseio que pelo menos eu acompanho há quase 20 anos.
A greve acontece anualmente não só no transporte, mas daqui a pouco na educação, na saúde e em qualquer outro serviço público.
É uma novela sem fim.
E cá pra nós, a ocasião é perfeita para protestar e paralisar quantas vezes forem necessárias. Quem sabe assim (ano de Copa) as nossas lamentações possam ser ouvidas por alguém no poder.
Caso não sejam, sinto muito, mas que atirem a primeira pedra! Afinal, estamos de “saco” cheio! 
Não podemos culpar os trocadores e motoristas. As empresas privadas que tiverem condições, dão alternativas de transporte para os seus funcionários, e assim vamos levando (ou ficando presos dentro de casa).
Fico na utopia da minha filha ter um futuro melhor. Não sou a favor da violência, mas definitivamente, da forma que está não da para continuar. 
Que façamos das urnas a nossa maior arma e esperança.
Do contrário, ano que vem acontecerá tudo outra vez... e não adianta reclamar!

Rúbia Lisboa




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