segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

"Se eu quiser falar com Deus..."

Venho de uma ausência nas postagens do blog pois, por mais que pareça clichê, o fim do ano sempre é mais corrido para todos nós.

É o período que mais me consome no emprego: provas, encerramento do semestre, preparação do novo ano que vai começar, tarefas que me fazem trabalhar mais de 12 horas por dia como já comentei com vocês.

Venho também de um período pessoal triste. Em pouco mais de um mês foram quatro perdas entre vizinhos, amigos, parentes e entes queridos que de repente nos deixaram sem ao menos termos tempo de dizer adeus.

E queira ou não, é a dor da perda e da partida que fazem a gente refletir mais sobre a vida, se estamos no caminho certo e aproveitando o tempo (que não sabemos o quanto temos) da melhor forma possível.

Está sendo também neste fim de ano que estou tendo que aprender como ensinar a minha filha que na vida há sentimentos bons e ruins, momentos em que ficamos tristes e alegres. E ela tão pequenina já tendo que lhe dar com emoções tão diferentes.

Se não é fácil para gente, imagina para eles?

Se olharmos a nossa volta infelizmente nos deparamos apenas com notícias ruins e nestes casos o questionamento é inevitável: Porque tanta tragédia meu Deus?

No último sábado participamos de mais um círculo do nosso Encontro de Casais com Cristo (ECC) e o tema foi justamente a Oração.

Me surpreenderam com a seguinte pergunta: “ Como está a Oração da Rúbia? ”

Respondi: “Não está! ”

Estou em uma fase de questionamentos em que ainda não consegui entender o tempo e os propósitos de DEUS.

Não estou aqui para falar de religião, mas, da fé como um fator necessário para nos dar um norte na vida, creia você em que quiser.

Na sexta por exemplo, sai aos prantos do trabalho após ter uma conversa com minha líder sobre o quanto está sendo difícil para mim conciliar a vida profissional com a maternidade (Iasmin já vai fazer dois anos e ainda não superei este dilema).

Que bom que ela também é mulher, já que estamos em um momento em que a sociedade está tão machista e que o mercado de trabalho ainda não acolheu a mãe. 

Por sorte, trabalho em uma empresa com uma visão diferenciada e como disse minha líder sou uma excelente profissional, mas, que se cobra ser uma excelente mãe. Ou a sociedade me cobra isso e por este motivo as coisas se tornam mais difíceis.

É poder ser... 

A questão é que ainda não me encontrei como mãe e profissional e para resumir esta parte faço as palavras da Cinthia Dalpino as minhas palavras. Belíssimo texto... (leia aqui)

São nestes desacertos e dúvidas, perdas e partidas que eu questiono tanto a Deus e talvez peque nas minhas orações.

Mas, poder refletir sobre isto já pode ser o início do caminho, para se ter a resposta que as vezes é necessário passar por estes enfrentamentos.

Que o propósito do “cara lá de cima” pode ser totalmente diferente daquilo que acreditamos ser o ideal no momento.

Se eu quiser falar com Deus, “tenho que encontrar a paz”, “tenho que me aventurar”...

Não é fácil, mas vou tentar! 

E que no ano que se aproxima, eu tenha a maturidade e o discernimento para compreender tudo que passou...


Até o próximo post.
Rúbia Lisboa.

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